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Dieta anti-inflamatória: isso existe de verdade?

Especialistas comentam como um padrão alimentar saudável pode conter inflamações e, com isso, possivelmente afastar doenças crônicas

Por Dan L. Waitzberg e Natália Lopes, da Nutritotal*
Atualizado em 25 abr 2023, 18h21 - Publicado em 25 abr 2023, 18h20

A chamada dieta anti-inflamatória ganhou destaque nos últimos anos por seus possíveis benefícios. Mas será que realmente funciona e quais alimentos integrariam esse cardápio?

Para começar, saiba que a inflamação é uma resposta natural do corpo a lesões, infecções e outros estímulos. Ela é disparada por células do sistema imunológico e pode ser aguda (quando aparece e some em curto período de tempo) ou crônica (com duração mais longa ou permanente).

É principalmente nesse segundo cenário que a inflamação pode contribuir ou acelerar o desenvolvimento de diversas doenças, como diabetes, obesidade, problemas cardíacos e câncer. Até mesmo o envelhecimento está relacionado a diversos processos inflamatórios.

Daí o interesse em descobrir fatores capazes de reduzir a inflamação crônica no corpo e melhorar a saúde, inclusive na alimentação.

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Dieta como estratégia para prevenir a inflamação

Já conhecemos a importância da boa alimentação na prevenção de doenças crônicas, como as mencionadas anteriormente, mas será que esse papel da dieta tem alguma relação com o seu poder anti-inflamatório?

Possivelmente, sim! Dietas anti-inflamatórias vem sendo testadas como tratamento adjuvante para diversas doenças crônicas, como a colite ulcerativa, uma inflamação intestinal que compromete a qualidade de vida.

Pesquisadores canadenses testaram a eficácia de uma dieta com perfil anti-inflamatório no controle da inflamação de pessoas com colite.

Os pacientes foram orientados a aumentar a ingestão de antioxidantes, fibras alimentares, probióticos e ômega-3 e a diminuir o consumo de carne vermelha, carne processada e açúcar de adição.

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Resultado: houve melhora metabólica e da composição da microbiota intestinal, dois fatores que contribuíram para o controle da inflamação.

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Os alimentos anti-inflamatórios contêm nutrientes específicos, como antioxidantes, vitaminas (essencialmente C e E), minerais (zinco, selênio, magnésio, cálcio) e ômega-3, importantes para o bom desempenho do sistema imunológico.

Além disso, esses alimentos são geralmente ricos em fibras e pobres em açúcares refinados e gorduras saturadas.

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Alguns exemplos de alimentos com perfil anti-inflamatório são:

Frutas e vegetais: ricos em vitaminas, minerais, antioxidantes e outros compostos bioativos que favorecem o bom desempenho das células imunológicas. Além disso, contêm fibras, que ajudam a manter o intestino saudável e a prevenir a inflamação crônica.

• Grãos integrais: são fontes de fibras e de energia. Esse grupo precisa integrar a alimentação diária. A recomendação é optar por pães, massas e arroz integrais em vez de seus equivalentes refinados.

• Peixes: abastecidos em ômega-3, que têm poder anti-inflamatório comprovado. Valorize peixes como salmão selvagem, sardinha e atum pelo menos duas vezes por semana.

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• Especiarias e ervas: são várias as possibilidades. A cúrcuma, por exemplo, é conhecida por suas propriedades anti-inflamatórias e tem sido usada há séculos na medicina tradicional para auxiliar na abordagem de várias doenças.

• Oleaginosas: elas carregam bastante em gorduras saudáveis, como ácidos graxos ômega-3 e ômega-6, que ajudam a reduzir a inflamação, além de serem ótimas fontes de energia. Prefira nozes, castanhas, amêndoas e sementes como chia e linhaça.

Aliás, a linhaça é uma ótima fonte de ômega-3 em dietas vegetarianas e veganas, mas que deveria ser consumida por todos. Já foi provado, por exemplo, que o consumo diário de 30g de linhaça (algo em torno de 1 colher de sopa cheia) é capaz de reduzir dor e rigidez matinal de pessoas com artrite reumatoide, uma doença inflamatória crônica.

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Açúcar e gordura em excesso devem ser evitados

Por outro lado, alguns itens podem piorar a inflamação e devem ser evitados ou consumidos com moderação. São eles:

• Alimentos ultraprocessados: são ricos em açúcar, gorduras saturadas e trans e outros ingredientes que podem contribuir para a inflamação crônica. Tente evitar biscoitos, salgadinhos, refrigerantes, embutidos e alimentos congelados industrializados.

Carnes vermelhas: possuem gorduras saturadas e outros compostos que aumentam a inflamação e risco de doenças crônicas. Tente limitar o consumo de carne vermelha a 1 ou 2 vezes por semana e aumente o consumo de frango e peixe.

Lembre-se de que uma dieta que inclui alimentos com perfil anti-inflamatório não é uma cura para todas as doenças, mas pode ser uma estratégia importante para manter uma boa saúde.

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Se você está pensando em adotar uma dieta anti-inflamatória, converse com seu médico ou nutricionista para saber qual é a melhor opção para você.

*Este texto foi produzido pelo Nutritotal em uma parceria exclusiva com VEJA SAÚDE

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