Arroz e feijão: o segredo poderoso do prato do brasileiro
Fornecendo carboidratos, proteínas e muitos outros nutrientes, os dois se complementam para formar uma refeição completa com ingredientes acessíveis

Não há combinação mais tipicamente brasileira que o arroz com feijão. Embora o consumo desse prato tão nosso tenha caído nas últimas décadas (algo lamentado por nutricionistas e médicos), a parceria é tão consagrada na cultura nacional que “fazer o arroz-com-feijão” virou até expressão para algo comum e corriqueiro no dia a dia.
Mais do que inseparáveis no prato, os dois ingredientes são complementares quando o assunto é saúde. E vale entender melhor por que é tão bom seguir contando com eles na sua rotina alimentar.
O que arroz e feijão oferecem à saúde?
Os dois são alimentos repletos de nutrientes fundamentais para o corpo funcionar bem. Uma lista que inclui carboidratos e proteínas associados a uma baixa contagem de gorduras, e também minerais e vitaminas.
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O arroz é rico em carboidratos, o que o torna uma importante fonte de energia para o dia a dia. Ele também conta com vitaminas do complexo B e E, além de quantidades modestas de minerais como o potássio e o ferro.
Mas você nem precisa se preocupar com o ferro do arroz se está ingerindo o feijão, que é rico nesse nutriente (um dos pontos em que eles se complementam) e, não por casualidade, costuma ser citado como um item importante para combater casos de anemia ferropriva.
O feijão também é uma excelente fonte de proteínas vegetais, em níveis muito maiores do que o arroz, mais vitaminas do complexo B e uma elevada quantidade de fibras, parceiras da digestão, da saciedade e do controle glicêmico, algo particularmente importante quando você consome algo com mais carboidratos nas refeições – como o próprio arroz.
Por que eles se complementam tão bem?
A “mágica” que torna essa combinação tão boa é justamente a forma como os nutrientes mais presentes no feijão contrabalançam aqueles encontrados no arroz, e vice-versa.
Um dá mais proteínas, o outro dá mais carboidratos; um tem muitas fibras, o outro nem tanto (a menos que você recorra ao arroz integral); e os dois contribuem para uma dieta saudável ao não contar com gorduras danosas, como o colesterol.
Além do que você encontra na tabela nutricional, também há um complemento em outro aspecto da alimentação: os aminoácidos essenciais. Enquanto o feijão é rico em lisina, o arroz é rico em metionina e cisteína.
Aminoácidos essenciais são aqueles que nosso corpo não produz por conta própria e que precisam ser obtidos pela alimentação (ou suplementação). Eles são importantes para a formação de proteínas que exercem uma miríade de funções em nosso corpo.
Tanto o arroz quanto o feijão, isoladamente, são boas pedidas para a saúde, desde que não haja alguma contraindicação médica específica. Mas, quando são colocados no mesmo prato, esse potencial é somado para criar uma refeição extremamente completa.
Hoje em dia, caso você tenha restrições, há muitas opções no mercado, e é fácil substituir o arroz por outros carboidratos com diferente perfil glicêmico ou leguminosas que também fornecem muita proteína e não pesam tanto no estômago como o feijão.
Mas, quando se consideram os benefícios nutricionais e o preço relativamente menor dessa combinação clássica, não fica difícil entender como ela se tornou o prato brasileiro por excelência ao longo dos séculos.