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Gatos têm gripe? Conheça os sintomas da rinotraqueíte felina

Doença causa problemas respiratórios e oculares nos bichanos. Apesar de ter tratamento, vírus fica latente para o resto da vida no organismo

Por Valentina Bressan
17 ago 2024, 08h00
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Doença pode abrir caminho para outras infecções oportunistas se não for adequadamente tratada (A S/Unsplash)
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Assim como os humanos, felinos domésticos podem ter “gripe”. Na verdade, a doença infecciosa que causa espirros, secreção nasal e tosse em gatos é conhecida como rinotraqueíte e é transmitida por um vírus da herpes.

Também chamada de “gripe do gato”, embora não seja causada pelo vírus Influenza, a condição é altamente contagiosa e se dissemina rapidamente em abrigos ou espaços com vários gatos. Em geral, os sintomas respiratórios e oculares podem ser aplacados com tratamento medicamentoso.

O vírus, assim como da herpes humana, segue no organismo do animal mesmo depois que a infecção aguda é tratada. É preciso cuidar da saúde e do bem-estar do bichinho para evitar a recorrência dos sintomas ou outras bactérias oportunistas.

+Leia também: Como adaptar a casa para a chegada de um novo gato?

O que causa a rinotraqueíte?

O vírus da herpes felino, junto do calicivírus felino e outras bactérias, são considerados agentes do complexo respiratório viral felino. Os microrganismos causam sintomas respiratórios e doenças de diferentes graus de gravidade nos gatos.

Assim como a herpes humana, uma vez adquirido, o vírus é portado pelo animal durante toda a vida e pode se manifestar quando o gato está passando por períodos de estresse ou supressão imunológica. A recorrência dos sintomas costuma ser leve, mas pode causar problemas sérios se acontecer concomitantemente a outras condições de saúde.

O gato se contamina a partir do contato direto com partículas virais, que podem ser disseminadas por saliva e secreções nasais e oculares de outro felino infectado. O vírus sobrevive e pode ser transmitido via objetos contaminados. A infecção também pode ser transmitida se um filhote nascer de uma gata infectada.

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+Leia também: FIV: conheça os sintomas e saiba como é transmitida a “aids felina”

Sintomas da rinotraqueíte

O trato respiratório superior e inferior são mais afetados pelo vírus, mas a rinotraqueíte também pode atingir os olhos. A doença é a principal causadora de conjuntivite em gatos. A conjuntivite recorrente pode ser um sinal de que a doença se tornou crônica, e pode ocasionar em inflamação da córnea.

Os sintomas aparecem de 2 a 5 dias após a infecção pelo vírus. Nesse período, o gato está contagioso, e permanece transmitindo a doença por até três semanas após a contaminação. Se os sintomas reaparecem, na forma recorrente da doença, o bicho volta a transmitir o vírus.

Em filhotes, a doença pode ser mais grave e levar à pneumonia e à morte. O diagnóstico é feito pela avaliação dos sintomas e também pode se valer de testes de PCR.

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Como a doença reduz a imunidade do bichinho, outras bactérias oportunistas podem acabar afetando o animal. Embora a rinotraqueíte não seja transmissível para humanos, outras infecções bacterianas secundárias que acometem gatos infectados pelo vírus podem ser contagiosas.

Alguns dos sintomas da rinotraqueíte são:

  • Secreção no nariz e nos olhos;
  • Tosse;
  • Espirros;
  • Conjuntivite;
  • Úlceras na boca e nos olhos;
  • Febre;
  • Letargia;
  • Dificuldade de respiração;
  • Falta de apetite;
  • Anorexia.

Há tratamento para a rinotraqueíte?

Embora o vírus siga latente no organismo do animal após uma primeira infecção, existe tratamento para aplacar a infecção aguda. Uma vacina previne as doenças respiratórias mais comuns e faz com que a condição assuma formas mais leves, em caso de infecção.

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Medicações, como descongestionantes nasais, drogas antivirais, antibióticos e corticosteroides podem ser utilizados. Umidificação e nebulização podem ser recomendadas para gatos com problemas respiratórios. A conjuntivite, caso se torne crônica, requer medicação contínua.

Manter a alimentação e hidratação adequadas é essencial para a boa recuperação do gato e para evitar a recorrência da doença. Também é importante desinfetar objetos e ambientes em que o gato infectado esteve em contato, e isolar os animais se houver mais de um bichinho na casa.

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