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Rodrigão: o que causa a lesão de glândula suprarrenal?

Ex-BBB está internado nos Estados Unidos após apresentar sangramento abdominal

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 27 ago 2024, 14h40 - Publicado em 27 ago 2024, 14h35
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Ex-BBB Rodrigão vive nos Estados Unidos com a família  (Instagram/Reprodução)
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O ex-BBB Rodrigão, de 36 anos, está internado desde a última sexta-feira (23) nos Estados Unidos para tratar uma lesão na glândula suprarrenal. O problema foi descoberto após um sangramento abdominal, na região do fígado e dos rins.

A informação foi confirmada por Adriana Sant’Anna, esposa de Rodrigão, em nota divulgada em seu Instagram. Ela informa que o marido está estável, com o sangramento controlado, e sendo assistido por médicos norte-americanos e brasileiros.

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Uma publicação compartilhada por Adriana Sant ‘ Anna (@santanaadriana)

Adriana relata ainda que o marido buscou atendimento médico após sentir muita dor na região da barriga. Esse incômodo pode ter diversas causas, por isso sempre deve ser investigado.

O que é a glândula suprrenal?

Também conhecida como adrenal, trata-se de uma estrutura localizada na parte de cima dos rins. São duas, que secretam hormônios e outras substâncias com diferentes papeis no organismo.

Entre eles, a aldosterona, que participa do equilíbrio de sódio e potássio; o cortisol, hormônio do estresse, que tem suas funções importantes na regulação da glicemia e no fornecimento de energia; e a androstenediona, que é convertida em testosterona nos testículos e ovários.

A glândula secreta ainda adrenalina e noradrenalina, que participam da manutenção da pressão arterial.

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+Leia também: Cortisol: o que é e o que significa se hormônio do estresse está alto

O que causa a lesão na glândula adrenal?

O termo lesão é genérico, e pode indicar diversos problemas. “Entre eles, nódulos benignos ou malignos, infecções fúngicas ou bacterianas e ainda quadros vasculares, como um aneurisma”, lista o endocrinologista Felipe Henning Gaia Duarte, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo – SBEM-SP.

A mais comum de todas, e ainda assim rara, é a presença de nódulos, que atingem menos de 1% da população. No caso de Rodrigão, ainda não foi divulgada a natureza da lesão.

Como a lesão é diagnosticada?

Primeiro, é preciso suspeitar dela. O sinal mais clássico é a elevação nos níveis de algum dos hormônios produzidos por ela. “Alguns nódulos produzem hormônios, e o excesso deles leva a sintomas bem característico, como a síndrome de Cushing, desencadeada pelo excesso de cortisol”, aponta Duarte.

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Outra situação que leva à descoberta de uma lesão da adrenal é a presença de dores inespecíficas na região da barriga que levam ao pronto-socorro, como ocorreu com Rodrigão. “Neste caso, são pedidos exames de imagens que podem acabar revelando um problema nas glândulas”, comenta o médico.

Ele também afirma que é raro que lesões locais causem hemorragias significativas, que ofereçam risco de vida. “O que pode acontecer são pequenos sangramentos na região do tumor, mas não podemos fazer inferências sem uma análise dos exames de imagem”, completa.

A investigação da lesão na glândula é feita com exames de sangue para dosar as substâncias secretadas por ela e testes como a tomografia computadorizada

Como é feito o tratamento?

Vai depender da causa do problema. Infecções precisam de tratamentos com medicamentos antimicrobianos específicos.

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Tumores com mais de 4cm, malignos ou não, costumam ser operados. Os menores tendem a ser analisados por biópsia e monitorados sem intervenções maiores.

Se a lesão interfere na produção de hormônios e a cirurgia não é uma alternativa, podem ser usados medicamentos para contrapor o excesso (ou a falta) de hormônios.

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