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Exercício no tratamento e na prevenção da doença renal crônica

Quem mantém o hábito resguarda a saúde renal. E mesmo rins que já não funcionam direito ainda assim se beneficiam de doses de movimento

Por Theo Ruprecht
16 abr 2021, 14h05

Exercício como tratamento da doença renal crônica

Mais uma vez as atividades físicas mostram que podem funcionar como um remédio — agora para a doença renal crônica. Em um trabalho da Universidade Nacional Yang-Ming, em Taiwan, cientistas coletaram dados sobre a saúde e a frequência de práticas aeróbicas de 4 508 pacientes com o problema, marcado por uma perda irreparável das funções dos rins.

Ao cruzar as informações, notou-se que o costume de fazer 150 minutos de exercício moderado por semana (ou 75 em intensidade vigorosa) foi associado a um risco 17% menor de progressão para estágios mais graves da enfermidade. Panes cardiovasculares também eram menos comuns nessa turma.

“Isso destaca a importância de evitarmos o sedentarismo nesse grupo da população”, conclui Wei-Cheng Tseng, nefrologista que assina o estudo.

Quanto mais mexiam o corpo, mais os pacientes avaliados na pesquisa colhiam benefícios — porém, só até um limiar de mais ou menos 300 minutos de esforço moderado por semana, ou 150 em um ritmo forte.

De acordo com Tseng, os excessos às vezes disparam problemas. “Quantidades extremas podem induzir alterações nos batimentos cardíacos desses pacientes”, exemplifica. Principalmente nos casos avançados de doença renal crônica, o indivíduo precisa discutir sobre como realizar suas modalidades favoritas em segurança e tomar cuidado redobrado com a hidratação, que não deve ser excessiva.

Gráficos sobre atividade física e rins
(Ilustração: Veja Saúde/SAÚDE é Vital)

Exercício como prevenção

Não dá pra negar que, conforme os anos passam, os rins vão perdendo aos poucos sua capacidade de remover toxinas do corpo. No entanto, um levantamento da Universidade Chinesa de Hong Kong indica que uma vida ativa tende a diminuir o ritmo desse processo.

Ao avaliarem exames de quase 200 mil participantes ao longo do tempo, os pesquisadores constataram que a função renal dos sedentários decaía mais rapidamente. “A atividade física foi ligada a um menor risco de doença renal crônica”, conclui o epidemiologista Xiang Qian Lao, autor do artigo.

Para ser mais exato, a probabilidade de desenvolver a condição caiu quase 10%. Entre outras coisas, os exercícios regulam a pressão arterial e os níveis de glicose, dois fatores atrelados ao vigor dos órgãos que filtram nosso sangue.

Múltiplas ações da atividade física

Filtragem em dia: por diversas razões fisiológicas, estudos em animais e humanos sugerem que o esporte favorece o trabalho de filtragem do sangue feito pelos órgãos.

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Menos gordura: a queima de calorias afasta a obesidade, considerada um fator de risco para a doença renal crônica por disparar processos inflamatórios.

Abaixo o diabetes: o excesso de glicose em circulação — traço típico desse quadro — pode lesar estruturas dos rins. Ainda bem que corridas e caminhadas baixam
a glicemia.

Pressão sob controle: a hipertensão é outro mal vinculado a danos nos nossos filtros naturais, e que também fica mais distante de quem não permanece o dia todo parado.

Coração forte: a doença renal crônica pode comprometer a saúde cardíaca. O exercício, por outro lado, confere resistência extra ao músculo mais importante do corpo.

Musculatura firme: quando os rins deixam de funcionar, as toxinas sobressalentes podem degenerar bíceps, tríceps e companhia. Como evitar isso? Nem precisamos dizer mais.

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