Radar da saúde: 1 em cada 6 pessoas no mundo já sofre de infertilidade
Análise global escancara crescimento expressivo na dificuldade de ter filhos. Veja esta e outras descobertas na mira de VEJA SAÚDE
O último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou uma espécie de “pandemia” de infertilidade. Baseado em 133 estudos populacionais, o documento constata que 17,5% dos adultos no planeta encaram dificuldades para ter filhos — um problema que afeta tanto homens como mulheres.
Existem várias hipóteses para explicar o crescimento da infertilidade nos últimos anos. A primeira e mais aceita é a tendência de os casais deixarem para ampliar a família mais tarde — o que biologicamente diminui as chances de êxito.
Mas os cientistas desconfiam que fatores como obesidade, piora da saúde mental e poluição ambiental estejam contribuindo para o fenômeno.
Trata-se de uma questão de saúde pública, com repercussões sociais e até demográficas. E não é por menos que o desenvolvimento e a procura de recursos médicos para contorná-la estão (e continuarão) em alta.
Passado: 50 anos da síndrome de Estocolmo
Popularizada em filmes e séries de TV, ela é uma reação psicológica marcada pela criação de um vínculo e de uma simpatia entre a vítima e seu captor. A caracterização veio à tona após o roubo e sequestro de um banco na capital sueca — parte dos reféns se tornou amigável em relação aos bandidos. Mas o quadro também se manifesta em situações de abuso afetivo e sexual.
Futuro: exame de sangue rastreia 50 tipos de tumor
Um dos sonhos na medicina é ter um teste simples capaz de dedurar pistas de diversos tipos de câncer. E ele já está virando realidade. A empresa Galleri lançou nos EUA um exame que, com uma pequena amostra de sangue, investiga traços de DNA de células tumorais, o que aceleraria a descoberta da doença. Ele passa por estudos de validação em larga escala.
Um lugar: Dinamarca testa incentivos eletrônicos pela vacinação
Imagine receber alertas pelo celular lembrando que você deve tomar a vacina contra a gripe. Ou deparar com um conteúdo por e-mail explicando o efeito protetor do imunizante para o coração. Mensagens digitais com essa pegada foram testadas numa experiência bem-sucedida com milhares de dinamarqueses acima de 65 anos. Sim, o incentivo funciona!
Um dado: 500% de aumento no risco de Parkinson por exposição química
O contato frequente com um solvente chamado tricloroetileno, empregado na formulação de produtos de limpeza em aerossol e lavagem a seco, removedores de tinta e corretivos escolares, é acusado por uma pesquisa americana de catapultar a propensão ao Parkinson, doença neurodegenerativa que afeta ao redor de 10 milhões de pessoas pelo globo.
Uma frase: Yotam Ottoleng
“Eu nunca escondi meu amor pelos vegetais. Faz mais de uma década que venho enchendo de elogios a couve-flor, o tomate, o limão e a berinjela. Fiz isso por conta própria (…) em animadas discussões com colegas nos restaurantes e em cozinhas de teste. Apresentar vegetais de maneira nova e empolgante se tornou minha missão (…) Apesar disso, preciso confessar uma pequena dúvida mesquinha que surge de vez em quando: quantas maneiras mais existem de assar uma couve-flor, fatiar um tomate, espremer um limão ou fritar uma berinjela? (…) A resposta, tenho o prazer de informar, é: muitas.”
Yotam Ottoleng, chef israelense, no livro Sabor (Companhia de Mesa)