Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Tricomoníase: o que é, sintomas, causas e tratamentos

A tricomoníase é uma infecção sexualmente transmissível (IST) deflagrada por um protozoário. Saiba tudo sobre a doença, da prevenção aos remédios usados

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 29 abr 2021, 10h30 - Publicado em 14 set 2020, 16h14
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O que é tricomoníase e qual sua causa?

    A tricomoníase uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada por um protozoário chamado Trichomonas vaginalis. Ela atinge tanto homens como mulheres, afetando principalmente a vagina e o trato urinário. De acordo com um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2016, 156 milhões de pessoas entre 15 e 49 anos foram diagnosticadas com o problema.

    Publicidade

    A tricomoníase na mulher

    A ginecologista Iara Moreno Linhares, da Comissão Nacional em Doenças Infectocontagiosas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), conta que o perigo de contágio para a população feminina é maior. “O risco varia de 60% a 80% em uma relação sexual desprotegida”, relata.

    Publicidade

    Para evitar a enfermidade, é imprescindível usar camisinha masculina ou feminina.

    Nas mulheres, a doença acomete principalmente a vulva, a vagina e o colo do útero. Mas também pode afligir a uretra e as glândulas de Skene e Bartolin. “São glândulas que têm sua abertura na parte interna da vulva, o vestíbulo, e produzem muco, que ajuda na proteção e na lubrificação durante a relação sexual”, explica.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    A maior parte dos casos são assintomáticos. Quando os sinais surgem, as mulheres tendem a sofrer com corrimento vaginal, geralmente amarelo ou amarelo-esverdeado. Ao contrário da candidíase, surge um odor bem desagradável, que lembra o cheiro de peixe. E ocorre uma sensação de irritação e ardor local.

    “A vulva pode ficar avermelhada e sensível, causando bastante desconforto. E é possível que haja dor ao urinar. Logicamente, o sexo se torna desconfortável na presença desses sintomas”, avisa Iara, que também é professora da Universidade de São Paulo (USP).

    Publicidade

    A tricomoníase no homem

    A tricomoníase no homem afeta frequentemente a uretra. Apesar de os sintomas aparecerem com menos frequência, os principais na população masculina são irritação e corrimento no pênis, além de ardor ao urinar ou ejacular.

    Continua após a publicidade

    Principais maneiras de prevenção

    Assim como qualquer IST, a melhor maneira de prevenir a tricomoníase é usando camisinha. Visitas periódicas ao ginecologista ou urologista também são úteis.

    Publicidade

    A educação sexual e o conhecimento sobre quaisquer ISTs são importantes entre os adolescentes e os adultos jovens. Entretanto, os idosos não podem ser esquecidos. A tricomoníase é capaz de infectar pessoas de todas as idades.

    Continua após a publicidade

    Como funciona o diagnóstico

    “A análise dos sintomas e os achados do exame físico já levantam uma forte suspeita no médico. Mas o diagnóstico de certeza é feito através de testes realizados no laboratório ou no próprio consultório, se o ginecologista ou urologista tiver um microscópio disponível”, aponta Iara.

    Publicidade

    Para esses testes, o profissional coleta secreções da genitália. Nos homens, um exame de urina também pode ser utilizado.

    Tricomoníase tratamento

    A tricomoníase tem cura, que depende do uso adequado de remédios específicos. São antibióticos tomados de forma única ou em várias doses por alguns dias, a depender do quadro de cada um. Só um médico deve prescrevê-los — pedir a receita da vizinha aumenta o risco de complicações.

    Continua após a publicidade

    “É muito importante que todos os parceiros sexuais sejam tratados simultaneamente para que não ocorra reinfecção e para evitar as possíveis complicações”, orienta Iara. Transparência é tudo nessa fase.

    Nesse período, não se deve consumir bebidas alcoólicas nem transar. “Depois, é necessária uma nova avaliação para confirmar a cura e controlar o estado do paciente”, complementa a ginecologista.

    Mesmo sem sintomas, a tricomoníase pode persistir por algum tempo no corpo e se disseminar. E dá para pegar a doença mais de uma vez.

    Continua após a publicidade

    Tricomoníase é grave? Quais as complicações?

    Quando não diagnosticada ou não cuidada corretamente, a tricomoníase facilita o aparecimento da chamada doença inflamatória pélvica (assim como a clamídia, por exemplo). Ela, por sua vez, levaria à infertilidade.

    “Se a mulher estiver grávida, há o risco de complicações na gestação, como ruptura precoce de membranas, conhecida como ‘perda das águas’, e parto prematuro”, alerta a professora.

    Na ala masculina, os perigos são prostatites (inflamação da próstata), epididimite (inflamação do epidídimo, uma estrutura dos testículos) e alterações na mobilidade e capacidade de fertilização dos espermatozoides (o que eleva o risco de esterilidade).

    “Além disso, pesquisas têm mostrado que o Trichomonas vaginalis pode ‘ajudar’ outras infecções sexuais”, informa Iara. Ou seja, diversas ISTs podem aproveitar a ação desse protozoário para causarem mais estragos no trato genital. Sabe-se, por exemplo, que o processo inflamatório facilita a entrada e a disseminação do HIV no corpo.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.