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Gastrite: o que é, causas, sintomas, tratamento e alimentação adequada

Saiba o que é bom para evitar e combater essa doença, responsável por provocar dor e queimação no estômago, além de outros problemas

Por Chloé Pinheiro e Goretti Tenorio
Atualizado em 7 mar 2023, 15h39 - Publicado em 18 set 2018, 17h43

A dor e a queimação, sintomas típicos da gastrite, são consequência de uma inflamação nas paredes internas do estômago.

E qual a causa disso? Pesquisas mostraram que a maioria dos episódios desse problema é provocado por uma bactéria, a Helicobacter pylori.

Esse micro-organismo se instala abaixo da camada de muco do estômago e vai liberando a urease, uma enzima capaz de mudar o pH das áreas próximas.

A multiplicação desenfreada desse agente infeccioso gera uma reação inflamatória.

Se as células de defesa não conseguem conter o avanço, a mucosa que protege as paredes do estômago é corroída – e o órgão então sofre diretamente a ação do ácido gástrico, dando origem à ardência.

A H. pylori pode contaminar água e alimentos, mas o principal meio de transmissão é de pessoa para pessoa. Ainda assim o fato é que muita gente carrega esse inimigo, mas não sofre com suas consequências.

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Alguns fatores, ou uma associação deles, também desencadeiam a irritação: alimentação inadequada, abuso de remédios (sobretudo anti-inflamatórios), e consumo exagerado de bebida alcoólica.

O estresse é outro componente importante na origem das crises de gastrite: em situações de tensão, nosso organismo aumenta a liberação de cortisol e de adrenalina, hormônios que, por sua vez, elevam a fabricação de ácido pelo estômago.

Os sintomas da gastrite

Seja de origem bacteriana ou emocional, a inflamação nas paredes internas do estômago traz repercussões desconfortáveis pelo corpo.

Entre as principais, podemos citar:

  • Dor de barriga
  • Sensação de queimação no estômago
  • Enjoo
  • Falta de apetite
  • Perda de peso

Fatores de risco

Diversas circunstâncias podem favorecer o aparecimento da gastrite, ocasionando dor e queimação no estômago.

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Confira as mais importantes:

  • Predisposição genética
  • Infecção pela bactéria Helicobacter pylori
  • Consumo excessivo de alimentos gordurosos e ácidos
  • Abuso de anti-inflamatórios
  • Estresse
  • Consumo exagerado de bebida alcoólica
  • Ingestão excessiva de itens com cafeína
  • Tabagismo
  • Doença de Crohn

A relação entre a alimentação e a gastrite

Diminuir o consumo de alimentos que aumentam a acidez do estômago, como comidas picantes, álcool e café, é o caminho indicado para atenuar o ataque às paredes do estômago.

Alimentos mais gordurosos, que exigem mais quantidade de ácido para serem digeridos, também entram na lista dos desencadeadores da gastrite. Cuidado também com o leite puro, que estimula a secreção de suco gástrico.

Outros incendiários do estômago são:

  • Chocolates, balas e doces
  • Bebidas alcoólicas
  • Alho
  • Pimenta
  • Mostarda
  • Cebola
  • Molho de tomate
  • Energéticos
  • Frutas ácidas, como abacaxi, laranja, limão e a acerola

Só tenha em mente que, dependendo da severidade, do tempo sem crise e de questões individuais, é possível ingerir esses alimentos com moderação. Discuta isso com um profissional de saúde.

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Ficar muito tempo em jejum é outro perigo. Sem alimentos na barriga, o ácido gástrico se acumula e começa a lesionar o estômago. Vale, portanto, fracionar as refeições. E comer devagar. A mastigação, como primeira fase da digestão, poupa os esforços do estômago.

Mais hábitos que ajudam na prevenção

Além disso, quem fuma tem mais esse motivo para tentar abandonar o cigarro. O vício aumenta a produção de ácido no estômago e, dessa forma, favorece a queimação.

Por fim, fuja da automedicação: o uso de anti-inflamatórios sem receita e sem as devidas orientações do médico também contribui para o aparecimento das crises estomacais.

O diagnóstico

Sentir dores no estômago uma vez ou outra não significa que a pessoa tem gastrite.

Agora, se os sintomas se arrastam por duas semanas, é melhor consultar um gastroenterologista.

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O médico irá solicitar a realização de uma endoscopia. Nesse exame, feito com o paciente sob efeito de sedativo, uma microcâmera desce pela boca até o estômago, e as imagens registradas mostram se há inflamação na mucosa do órgão.

Para confirmar se o problema foi causado pela bactéria H. pylori, durante a endoscopia é feita uma biópsia. A análise do material revela se o micro-organismo está alojado por ali.

Tratamentos para a gastrite

Controlar a alimentação é fundamental para aliviar o mal-estar digestivo, mas nem sempre uma dieta equilibrada basta.

Para combater a inflamação já instalada, o médico pode receitar antibióticos, além de antiácidos para atenuar os sintomas.

Nos casos em que a H. Pylori é a causa da gastrite, às vezes só um revezamento de antibióticos consegue dar fim ao problema. Isso porque essa bactéria é muito resistente.

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Ao término do tratamento, o especialista pode recomendar  outro exame para confirmar se o micro-organismo foi eliminado de vez.

Esse teste detecta a presença a H. Pylori pelo ar expelido dos pulmões. Se o resultado der negativo, significa que foi exterminada. Caso contrário, é preciso tomar novas medidas contra ela.

Ao longo do tratamento, é preciso ficar longe de determinados alimentos. Até que a regeneração do estômago seja completa, deve-se evitar refrigerantes, águas gasosas e sucos cítricos.

Chocolates, balas e doces também ficam de fora do cardápio – o açúcar fermenta na barriga e, para piorar, estimula a liberação de ácido clorídrico.

Uma vez que a causa da gastrite sai de cena, seja ela qual for, a pessoa fica curada em no máximo três semanas.

Esse é o prazo necessário para o estômago recuperar suas rugosidades naturais, destruídas pela agressão.

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