Medicina

“Ninguém toca nessa maionese”: por que esse alimento requer cuidados especiais

Com ou sem a mão de Odete Roitman, de "Vale Tudo", problemas na produção, armazenamento e manuseio do alimento podem levar a intoxicação alimentar

Por Lucas Rocha SEGUIR SEGUINDO
13 ago 2025, 15h04

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A cena clássica da maionese contaminada por Odete Roitman, em “Vale Tudo”, da Globo, ganhou sua nova versão no capítulo de terça-feira, 12. Em alguns takes, a adaptação tocada pela autora Manuela Dias segue à risca o original de 1988.

“Ninguém toca nessa maionese”, grita tia Celina, personagem vivida por Malu Galli hoje e por Nathalia Timberg, há mais de 30 anos, com uma ou outra palavrinha diferente. No contexto, a grande vilã da novela arma um plano bem elaborado para contaminar o produto e colocar em maus lençóis a Paladar, empresa da protagonista Raquel (Tais Araújo).

Da ficção para a realidade, a maionese requer mesmo cuidados especiais para evitar problemas de saúde, como detalha a nutricionista clínica Raquel Antunes, do Grupo Valsa, no Rio de Janeiro.

“É importante verificar data de validade e modo de armazenamento correto. Em geral a maionese industrializada comprada deve ser consumida dentro do prazo de validade, mantida em ambiente seco e sem exposição à luz ou calor. Após aberta, deve-se guardar sob refrigeração”, explica Antunes.

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Cuidados com a maionese caseira e a salada de maionese

A maionese caseira deve ser preparada com ingredientes frescos e armazenada adequadamente, sob refrigeração, tampada e por três dias no máximo.

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Na versão artesanal ou de serviços de buffet, é importante observar pontos como textura, cor ou odor. Alterações como bolhas, mofo ou coloração diferente que chamem atenção podem indicar sinais de contaminação, nesse caso é melhor evitar o consumo.

Em geral, o principal agente por trás da contaminação do alimento é a bactéria Salmonella, amplamente conhecida por causar sintomas como:

Diarreia;
vômitos;
febre moderada;
dor abdominal;
mal estar geral;
cansaço;
perda de apetite,
e calafrios.

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Além da Salmonella, a contaminação pode ocorrer por outras bactérias, como Staphylococcus aureus e Clostridium perfringens.

Do ponto de vista nutricional, é recomendada a ingestão moderada, alerta o médico nutrólogo Andrea Bottoni, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.

“Precisa ter cuidado para não exagerar, devido à presença de bastante gordura e sódio. Por isso, é um tipo de preparação que pode ser usado, mas com cautela, dentro de um conceito mais amplo de alimentação equilibrada e balanceada”, frisa Bottoni.