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Salmonella: quais são os sintomas da infecção pela bactéria?

Transmitido a partir das fezes de animais, o parasita pode causar desconfortos intestinais e exige cuidados com a higienização e o cozimento dos alimentos

Por Luana Pazutti
13 jul 2024, 07h00
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Principal forma de contágio é via alimentos mal cozidos ou mal lavados (Freepik/Freepik)
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Quem já teve intoxicação alimentar sabe: a Salmonella costuma ser uma das primeiras suspeitas da causa do problema. Essa bactéria, transmitida pelas fezes de animais e presente em alimentos que não foram lavados ou cozidos corretamente, chega aos humanos através de duas espécies principais — a Salmonella enterica e a Salmonella bongori.

Além dos desconfortos típicos, um quadro mais extremo pode até ser fatal, o que exige cuidados redobrados.

A ingestão de alimentos contaminados pode resultar na salmonelose, nome dado à doença caracterizada pelos sintomas gastrointestinais tipicamente associados à Salmonella. Dependendo do tipo da bactéria, ela também pode desencadear um quadro de febre tifoide.

+Leia também: Diarreia em crianças: quando os pais devem se preocupar?

Como a bactéria Salmonella é transmitida?

Qualquer alimento oriundo de um animal infectado ou que tenha entrado contato com as suas fezes pode ser um vetor de transmissão.

Frango e ovos são os principais causadores, pois as aves podem sofrer colonização persistente do parasita no intestino ou no trato reprodutor. Nesses casos, o agente é eliminado em seus ovos.

Outros alimentos mal higienizados ou pouco cozidos podem abrigar a bactéria, entre eles carnes bovina e suína, laticínios não pasteurizados, frutos do mar, vegetais e frutas.

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Até mesmo a água está sujeita à contaminação, por isso é recomendada a fervura e filtragem antes do consumo, quando não há segurança sobre a qualidade do líquido.

O próprio manuseio de itens infectados ou a má higienização das mãos após o uso do vaso sanitário também podem resultar em contaminação.

Quais são os sintomas da salmonelose?

A Salmonella provoca dois tipos de doenças: a salmonelose não tifoide e a febre tifoide. Na primeira, respectivamente, os sinais da salmonela surgem em até 72 horas e variam conforme o grau de contaminação. Diarreia, vômitos, febre moderada, dor abdominal, mal-estar, fadiga, perda de apetite e calafrios são alguns deles.

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Quadros graves são raros, mas podem acometer principalmente pessoas com o sistema imunológico fragilizado. Nesses casos, a bacteremia pode deixar sequelas ou até levar à morte, se não for tratada adequadamente. Em casos de diarreia e vômitos recorrentes, evitar a desidratação é fundamental.

A febre tifoide é mais preocupante, pois apresenta maiores taxas de mortalidade. Além dos sintomas gastrointestinais, ela pode provocar a desaceleração do ritmo cardíaco, aumento do volume do baço, manchas rosadas no tronco e tosse seca.

Como é o tratamento da doença?

O primeiro passo é o diagnóstico da salmonela, que é feito a partir da análise laboratorial de uma amostra das fezes, vômito ou sangue.

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Geralmente, a salmonelose não tifoide não demanda internação ou intervenção médica. O tratamento pode ser feito em casa, por meio do repouso e da ingestão de líquidos. Também pode ser recomendada uma reposição eletrolítica, o que é feito com soro ou preparados específicos para repor os sais perdidos.

No caso da febre tifoide, o tratamento é administrado em nível ambulatorial, por meio de antibióticos e da reidratação. Dependendo da gravidade dos sintomas, a doença pode exigir internação.

Por serem doenças bacterianas, antibióticos podem ser empregados, especialmente para a febre tifoide – já casos mais leves de salmonelose não tifoide nem sempre precisam desses medicamentos. O regime de uso é definido pelo médico conforme as características do quadro, e o antibiótico deve ser usado até o fim do período indicado, mesmo se os sintomas melhorarem antes.

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Hábitos que aumentam o risco de Salmonella

Quando o assunto é prevenção, alguns cuidados são essenciais, como:

  • Comer ovos e carnes malpassados ou crus;
  • Tomar leite cru;
  • Comer frutas e vegetais mal lavados;
  • Não higienizar as mãos, antes, durante e depois de manipular ou consumir alimentos;
  • Não higienizar as superfícies e utensílios de cozinha depois do contato com carnes, ovos ou aves cruas;
  • Não lavar as mãos após o contato com fezes humanas ou de animais;
  • Evitar o consumo em estabelecimentos com condições precárias de higiene.

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