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Mulheres sobrevivem menos tempo após infarto do que homens

Estresse e maus hábitos aumentam o risco cardíaco entre quem é do sexo feminino, e elas têm sobrevida menor após uma pane

Por Fabiana Schiavon
Atualizado em 7 out 2021, 13h09 - Publicado em 7 out 2021, 13h00

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte das mulheres no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 23 mil óbitos são registrados por dia entre elas devido a panes cardíacas.

Agora, sabe-se também que a sobrevida média depois do infarto é de apenas 5,5 anos para mulheres. Nos homens, a estatística é de 8,2 anos. O dado foi divulgado no relatório de 2021 da Associação Americana de Cardiologia.

A situação brasileira é semelhante. “Nos indivíduos que infartaram no no país, a probabilidade de recorrência é de 17% para homens e 21% para mulheres”, destacou a cardiologista e professora Roxana Mehran, durante o 3º Simpósio Mulheres do Coração, realizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e pelo American College of Cardiology (ACC).

A SBC chama a atenção para a alta predominância de problemas do coração entre as jovens entre 15 e 49 anos. Em análise dos dados de sua plataforma Estatísticas Cardiovasculares Brasil: 2020, a entidade notou ainda que os casos de infarto estão subindo entre as mais novas.

+ LEIA TAMBÉM: Precisamos cuidar (ainda mais) do coração das mulheres

Sedentarismo, má alimentação, obesidade, tabagismo e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas estão entre os fatores de risco para as doenças no coração. Nas mulheres, esses hábitos podem estar relacionados ao estresse de uma jornada dupla ou até tripla, em que elas se dividem entre o trabalho, cuidado com os filhos e afazeres domésticos.

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Nas mais jovens, segundo Roxana, os problemas cardíacos estão associados ao ovário policístico, menopausa precoce, disfunções de hipertensão na gravidez, diabetes gestacional e parto prematuro. Existem ainda os fatores de risco socioeconômicos, ainda pouco reconhecidos, como violência doméstica, e, nas mais pobres, analfabetismo e pouco acompanhamento médico.

Os dados apresentados no simpósio da SBC, divulgados pela entidade à imprensa, fazem um alerta sobre o alto número de casos entre mulheres indígenas e afrodescendentes, que têm menos acesso à informação e aos sistemas de saúde.

Diagnóstico complexo

Cardiopatias femininas permanecem pouco estudadas e são menos diagnosticadas e tratadas, em especial o infarto do miocárdio, destacou Roxana. Entre os motivos para isso, o fato de a maioria dos ensaios clínicos realizados para o tratamento das doenças cardiovasculares serem realizados com mais voluntários do que voluntárias.

As características do organismo da mulher também são diferentes das dos homens. O coração feminino é ligeiramente menor. As frequências cardíacas são mais aceleradas e as as artérias coronárias são mais finas,  facilitando o surgimento de bloqueios. Quando infartam, elas descrevem a dor no peito como uma pressão ou aperto, e não como uma dor lancinante.

O infarto feminino está bastante relacionado a sintomas atípicos como ardência na pele, dor no pescoço, nos ombros, no rosto, na mandíbula, e, posteriormente, falta de ar, fadiga incomum e palpitações. Eles podem ainda ser resumidos como uma dor genérica, o que faz com que muitas sequer procurem ajuda médica.

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+ LEIA TAMBÉM: Infarto em mulheres: os sintomas são diferentes

Sintomas clássicos: são os mesmos que aparecem nos homens
+Dor no peito em aperto, que pode irradiar para o braço esquerdo, o pescoço, a mandíbula, o estômago e até as costas
+Náusea
+Vômito
+Suor frio
+Desmaio

Sintomas atípicos: mais frequentes no sexo feminino
+Enjoos
+Falta de ar
+Cansaço inexplicável
+Desconforto no peito
+Arritmia

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