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Síndrome do ovário policístico (SOP): sintomas, tratamento e prevenção

Até 10% das mulheres têm a síndrome do ovário policístico e suas consequências, como acne e infertilidade. Conheça as causas e como remediar

Por Theo Ruprecht
Atualizado em 18 jul 2023, 15h46 - Publicado em 1 mar 2018, 17h52

Antes de tudo, é importante destacar que ter ovários policísticos não é sinônimo de sofrer com a síndrome do ovário policístico (SOP) e seus sintomas. Essa diferença também altera o tratamento.

Veja: 20% das mulheres, ao fazerem um ultrassom, apresentam vários cistos no ovário. No entanto, a síndrome em si só é diagnosticada se há aumento de hormônios masculinos no corpo da mulher e um período menstrual irregular.

Acredite: em alguns casos a paciente pode ter SOP e não apresentar vários cistos no ovário! Vamos, então, à definição do problema.

O que é SOP

O diagnóstico é definido quando pelo menos dois dos três critérios a seguir estão presentes: aumento da produção de hormônios masculinos, anovulação (período menstrual irregular) e exames de imagem com ovário policístico.

Isso, claro, desde que outras doenças que cursam com sintomas parecidos sejam descartadas.

A SOP em si atinge de 5 a 10% das mulheres em idade reprodutiva. Ela costuma surgir quando a hipófise, a glândula que regula a produção hormonal, acaba estimulando a liberação em excesso de andrógenos, os hormônios masculinos.

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Com isso, o amadurecimento dos óvulos, processo que ocorre todo mês, é comprometido. Quando a célula reprodutiva feminina não se desenvolve como deveria, vira um folículo enrijecido, que fica preso na região. É o famoso cisto no ovário.

Portanto, aglomeração de cistos – em conjunto com o excesso de hormônios masculinos – pode impedir a formação de óvulos saudáveis e, consequentemente, alterar ou interromper o ciclo menstrual, levando à infertilidade.

O aumento de andrógenos provoca ainda, entre outros sintomas, o aparecimento de acne e pelos no rosto.

Por trás da síndrome do ovário policístico muitas vezes está a resistência à insulina, hormônio fabricado pelo pâncreas e responsável pelo controle do nível de açúcar no sangue.

É que o desequilíbrio nessa produção pode desencadear o diabetes tipo 2. E os níveis de glicose muito elevados prejudicam os ovários, que passam a gerar mais andrógenos do que estrógenos, os hormônios femininos.

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Sintomas da síndrome do ovário policístico

Ela está muito relacionada à infertilidade e a alterações no ciclo menstrual. Mas outras questões ligadas à hormônios também costumam aparecer. Veja a lista completa:

  • Dificuldade para engravidar
  • Menstruação desregulada ou inexistente
  • Ganho de peso
  • Pele muito oleosa
  • Acne
  • Crescimento de pelos no rosto, nos seios e no abdômen
  • Queda de cabelo

Atenção: não é regra, mas primeiros sinais da SOP costumam aparecer na adolescência

Causas e fatores de risco

Existe um elo forte entre sobrepeso e o desenvolvimento da síndrome. Não à toa, está relacionado a diabetes e obesidade.

  • Histórico familiar
  • Resistência à insulina
  • Obesidade

A prevenção

Embora não dê para evitar completamente a síndrome do ovário policístico, medidas com perda de peso em geral normalizam parte dos problemas.

Estamos falando de espinhas, pelos, alterações menstruais… Levar uma vida saudável, com dieta leve e exercício físico, diminui até mesmo o risco de desenvolver diabetes tipo 2, outro fator de risco da SOP.

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O diagnóstico

 Desordens típicas da síndrome do ovário policístico podem ser confundidas com alterações da menstruação em si – entre elas o aparecimento da própria acne.

Às vezes, esses sintomas e a própria irregularidade menstrual são intensificadas nos primeiros ciclos da adolescente. Por isso é importante procurar um ginecologista para uma avaliação logo que a menina entra na puberdade.

Para o diagnóstico da SOP, o especialista leva em conta sintomas como irregularidade do ciclo menstrual e a presença de muitos pelos no rosto ou no corpo, além de testes laboratoriais que indicam o excesso de hormônios masculinos.

Um exame de ultrassom ajuda: num quadro típico, ele revela a presença de dezenas de cistos ou mostra volume ovariano maior que 10 centímetros cúbicos.

Mas, como já dissemos no início, é possível que a imagem do exame nem mostre essas alterações. Converse com o médico.

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O tratamento da SOP

A síndrome do ovário policístico em si não tem cura. Mas o tratamento, aliado à adoção de um estilo de vida saudável, afasta as consequências.

Antes de tudo, a pessoa deve praticar atividades físicas regularmente e ter uma dieta equilibrada, o que também significa maneirar no açúcar e na gordura.

Se o médico constatar que a SOP está relacionada à resistência à insulina, a paciente via de regra será orientada a se medicar com metformina ou glitazonas, substâncias que corrigem esse defeito. Tais drogas afastam o risco de diabetes.

Para aquelas que não querem engravidar, o tratamento é feito à base de pílula anticoncepcional. Ela contém doses de estrógeno e progesterona que normalizam o ciclo menstrual e diminuem a produção de hormônios masculinos. Uma alternativa é o uso exclusivo de progesterona.

Caso o medicamento não dê resultados, pode-se optar pela cauterização laparoscópica dos cistos. É uma cirurgia pouco invasiva que, digamos, queima as estruturas que estão tomando conta do ovário.

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Por outro lado, quando há dificuldade para engravidar, a ovulação é induzida com substâncias como as gonadotrofinas e o clomifeno. O tratamento facilita a gestação porque torna o momento da ovulação mais previsível.

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