Maíra Cardi revela diagnóstico de trombofilia; entenda a condição
Influenciadora anunciou estar grávida no último final de semana; problema foi detectado durante acompanhamento pré-natal

A influenciadora Maíra Cardi, 41 anos, revelou ter recebido um diagnóstico de trombofilia. A ex-BBB, que sofreu um aborto espontâneo no início deste ano, publicou um vídeo nas redes sociais no último sábado (26) anunciando uma nova gravidez e contando sobre o problema.
A condição foi descoberta durante os exames para avaliar a nova gestação. A trombofilia é uma doença do sangue, que altera os processos de coagulação e aumenta a chance de formação de coágulos.
Quais os riscos da trombofilia?
Por favorecer a formação de coágulos, a trombofilia aumenta a probabilidade de problemas de saúde como acidente vascular cerebral (AVC), trombose venosa e tromboembolismo.
Essas complicações ocorrem quando um coágulo se desprende da veia ou artéria e viaja pela corrente sanguínea, interrompendo o fluxo de sangue em alguma parte do organismo.
Durante a gravidez, o risco é ainda maior. Gestantes já possuem mais chances de trombose, devido à pressão que o útero exerce sobre as veias da região pélvica e às mudanças hormonais. Os coágulos podem gerar complicações como pré-eclâmpsia, parto prematuro, aborto espontâneo e restrição no crescimento fetal.
+Leia também: O que é a pré-eclâmpsia e por que ela preocupa tanto na gravidez?
O que causa trombofilia?
A trombofilia pode ter origem genética ou ser adquirida durante a vida. Neste primeiro caso, a doença é hereditária e causada por mutações no código genético, que levam à ausência de algumas proteínas importantes na formação do sangue.
Já os casos adquiridos podem estar relacionados a uso de hormônios (como os presentes nas pílulas anticoncepcionais), imobilização prolongada e doenças inflamatórias.
O tabagismo também aumenta as chances de desenvolver a condição.
Sintomas e diagnóstico
A trombofilia costuma ser uma doença silenciosa. Os sintomas só aparecem quando há alguma complicação em decorrência de um coágulo.
A depender do quadro, os sintomas variam. Uma embolia pulmonar pode provocar falta de ar, dor no peito, tosse e desmaios. Uma trombose venosa acontece quando o coágulo impede a circulação em um dos membros, e gera inchaço, vermelhidão e dor.
Testes diagnósticos devem ser realizados antes de iniciar o uso de anticoncepcionais orais e de fazer reposição hormonal. Os exames também são indicados para quem deseja engravidar. O diagnóstico é feito por meio de um teste genético, a partir de uma amostra de sangue.
Ter outras doenças representa um fator de risco para a trombofilia. Quem tem hepatite, HIV, aterosclerose, diabetes, câncer ou problemas no fígado pode apresentar a forma adquirida da doença.
Existe tratamento para trombofilia?
Embora a doença de caráter hereditário não tenha cura, é possível tratar a trombofilia para evitar quadros mais graves. Casos adquiridos da doença podem ter remissão uma vez que a causa subjacente seja tratada.
O tratamento depende da causa e do tipo de trombofilia. Medicamentos anticoagulantes costumam ser receitados.
Para quem já foi diagnosticado com trombofilia, outras medidas preventivas são recomendadas: manter um peso saudável, utilizar meias de compressão, evitar o tabagismo e as bebidas alcoólicas, não passar longos períodos na mesma posição e fazer exercícios físicos.