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Como fazer higiene do sono: 8 passos para dormir melhor já

Organização do quarto, hábitos alimentares, prática de exercícios... entenda como o descanso é influenciado por tudo isso

Por Larissa Beani
6 ago 2024, 15h13
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    Confira as principais estratégias para ter um sono de qualidade (Kinga Howard/Unsplash)

    A higiene do sono é um conjunto de táticas que melhora a qualidade do sono.

    Fazem parte da estratégia hábitos propícios ao relaxamento, mudanças na alimentação, prática de exercícios e até a organização do quarto.

    O que não falta é gente precisando disso. Segundo levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 72% dos brasileiros sofrem para cair no sono ou manter uma noite completa de descanso. Os motivos vão de preocupações que levamos para o travesseiro a transtornos como insônia, apneia ou sonambulismo.

    A situação ameaça a saúde, pois o sono de qualidade é fundamental para prevenir doenças cardíacas, imunológicas e psiquiátricas. E, embora o tratamento para superar a dificuldade varie conforme a causa, mudanças de comportamento são inevitáveis.

    “Para dormir bem, é preciso seguir alguns rituais, que chamamos de higiene do sono”, explica Silvia Conway, representante da psicologia do sono no Comitê Interdisciplinar da Associação Brasileira do Sono (ABS).

    Confira a seguir os principais destes rituais e outras dicas para ter noites mais tranquilas.

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    1. Crie uma rotina

    Dormir com regularidade é tão importante quanto ter respeitada a quantidade ideal de horas para o seu sono.

    “A qualidade do sono está comprometida se você não tem horários fixos para ir para a cama e acordar ou se seu sono é interrompido diversas vezes durante a noite”, afirma Alan Eckeli, neurologista e professor da  Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FM-USP).

    Então, organize sua agenda e tente respeitar os horários, inclusive aos fins de semana, feriados e férias.

    + Leia também: Afinal, o que significa ter um estilo de vida saudável?

    2. Prepare o ambiente

    O local onde você dorme exerce grande influência sobre o sono.

    A principais recomendações neste sentido são manter o cômodo escuro e silencioso. Algumas pessoas dormem com o som da TV ou com trilhas sonoras “relaxantes” (como barulho da chuva ou do mar, o chamado ruído branco). Não há, no entanto, respaldo científico sobre os benefícios desse costume.

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    Também é importante usar travesseiros na altura adequada para ter uma respiração e postura confortáveis, além de vestir pijamas e cobertas de acordo com o clima.

    As temperaturas, principalmente no verão, podem atrapalhar o sono de muita gente. Por isso, tente manter o cômodo o mais ameno possível durante a noite.

    Além disso, o ideal é que o quarto seja dedicado ao descanso. “Evite usá-lo para estudos ou trabalho, isso pode ajudar a afastar as preocupações na hora de dormir”, sugere Conway.

    + Leia também: Será que ruído branco e sons da natureza facilitam o sono?

    3. Fique longe das telas

    Especialistas recomendam evitar o uso de eletrônicos ao menos duas horas antes de dormir.

    Alguns consideram que celulares, computadores e TVs são fontes de luz que desregulam o ciclo circadiano, diminuindo o ritmo de produção da melatonina e, consequentemente, atrapalhando o sono.

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    Outros argumentam que é o conteúdo ao qual temos acesso por meio desses dispositivos que realmente tira a nossa paz. Jogos, vídeos, notícias, e-mails e notificações detém a atenção e nos deixam em estado de alerta.

    Ou seja, aproveite o tempo antes de dormir para ficar um pouco offline.

    + Leia também: Melatonina: suplemento não é solução para insônia e pode ser prejudicial

    4. Acerte os cochilos

    Se você tem insônia, é melhor segurar a vontade de dormir para a noite. “Nesse caso, os cochilos diurnos estão proibidos, porque eles só reduzirão a sua sonolência noturna”, justifica Eckeli.

    Por outro lado, se você teve uma noite mal-dormida pontual, tirar uma soneca pode ter efeito restaurador. No geral, quem não tem problemas noturnos e gosta de cochilar pode fazê-lo tranquilamente. E há até pesquisas que apontam que a sesta pode ser benéfica à saúde.

    Mas não abuse: os descansos devem ser curtos, de 20 a 40 minutos, e preferencialmente após o almoço, no início da tarde.

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    + Leia também: Insônia: entenda o sono que não vem

    5. Alimentação

    O que e quando você come pode afetar e muito o sono.

    Evite alimentos pesados e gordurosos à noite. Eles não só prejudicam o descanso como aumentam o risco de ganho de peso, já que o metabolismo é mais lento nesse período”, justifica Giovana Longo-Silva, professora da Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

    A recomendação é fazer a última refeição no início da noite ou até duas horas antes de dormir.

    Bebidas açucaradas e estimulantes, que contenham cafeína, principalmente, também precisam ser reguladas. O ideal é consumi-las até seis horas antes da hora de ir para a cama.

    + Leia também: 7 mitos e verdades sobre como a alimentação afeta o seu sono

    6. Mexa o corpo

    Entre os inúmeros benefícios da atividade física, também há vantagens ao sono. “Exercícios são uma fonte de prazer e relaxamento, ajudam a combater o estresse“, explica Rogério Beato, professor de medicina do sono da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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    Segundo o especialista, o recomendado é praticar atividade física até quatro horas antes de ir dormir

    “Com o exercício, a nossa temperatura sobe um pouco e isso pode dificultar o sono. Porém, à medida que começamos a perder calor, temos uma pequena queda de temperatura que vai ocorrendo ao longo da noite e isso favorece o descanso”, explica.

    Mas atenção: nem todos sentem este impacto. E, se a única possibilidade de se exercitar ocorre mais tarde, é melhor aproveitá-la do que ficar no sofá. Algumas táticas conciliam o treino noturno e o sono.

    + Leia também: Quer se livrar da insônia? Comece a se exercitar

    7. Paciência e resiliência

    Colocar em prática a higiene do sono envolve, muitas vezes, a mudança de vários hábitos. Mudá-los pode levar tempo e nem sempre é um processo linear.

    “É algo que exige disciplina, atenção, observação, reflexão e mudança de atitude”, afirma Silvia Conway. “Estabeleça estratégias razoáveis e graduais para se adaptar à rotina”.

    8. Procure ajuda

    Procure um especialista em medicina do sono para avaliar se a sua dificuldade para dormir está relacionada a alguma condição de saúde que exija cuidados específicos.

    +Leia também: 6 distúrbios que podem afetar seu sono – e como lidar com eles

    Estima-se que quatro a cada dez pessoas convivam com distúrbios do sono. Entre os mais comuns estão a insônia, a apneia do sono, a narcolepsia e o bruxismo, mas há vários outros transtornos que devem ser investigados. Diagnósticos psiquiátricos, como ansiedade e depressão, também afetam o sono e merecem atenção.

    Em geral, os cuidados envolvem o uso de medicamentos hipnóticos ou ansiolíticos e acompanhamento psicológico. A terapia cognitiva-comportamental (TCC) costuma ser a mais indicada, ajudando a implementar a higiene do sono na rotina e a trabalhar questões emocionais que estejam, literalmente, tirando o nosso sono.

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