O que foi destaque no congresso europeu de diabetes
Remédios capazes de preservar os rins e o coração de quem tem a doença seguem sob holofote
Milhares de médicos se reuniram em Estocolmo, na Suécia, para o 58º Encontro Anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD, na sigla em inglês).
O congresso, um dos mais aguardados na área, trouxe centenas de novos estudos, dando um panorama sobre os avanços e pontos de atenção no tratamento e aprimorando o entendimento sobre complicações menos faladas da doença.
“Uma das principais novidades é a recomendação de que pacientes com diabetes de alto risco cardíaco ou renal tomem medicamentos protetores desses órgãos, caso dos análogos de GLP-1 e inibidores de SGLT-2, independentemente do status de controle da glicemia”, aponta o endocrinologista Marcio Krakauer, coordenador do Departamento de Tecnologia, Saúde Digital e Inovação da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), que esteve no evento.
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OS DESTAQUES
- Atenção ao fígado
O diabetes é uma das grandes causas de acúmulo de gordura nesse órgão. A doença, silenciosa, não tem tratamento específico, daí a necessidade de acompanhar de perto. - Mais cedo, melhor!
O estudo sobre diabetes mais longo da história trouxe dados de 44 anos de seguimento, mostrando que medidas precoces e intensas são mais efetivas para frear mortes pela condição. - Insulina por semana
Um laboratório apresentou dados inéditos sobre uma insulina de ação semanal, capaz de melhorar a adesão às picadas para controlar a glicose no sangue. - Força dos hábitos
Em nova diretriz, a EASD ressalta como nunca antes tinha feito a necessidade de dieta saudável, atividade física regular e bom padrão de sono na prevenção das complicações.