Cetoprofeno é um anti-inflamatório que serve para combater principalmente sintomas como febre e dor, inclusive a provocada por doenças reumatológicas e traumatismos. Até por estar disponível em diversos formatos (gotas, comprimido, injeção etc), o remédio tem ação sob inúmeros tipos de enfermidades, mas é vendido mediante prescrição de médicos ou dentistas.
O princípio ativo cetoprofeno é produzido por diferentes farmacêuticas e tem vários nomes comerciais, como Bi-Profenid, Ceprofen, Flamador e Artrosil. Mas já está disponível como genérico – com o nome cetoprofeno mesmo.
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O que é o cetoprofeno e para que serve?
O medicamento pertence à classe de anti-inflamatórios não-esteroides. Ou seja, tem efeito analgésico e age diretamente na dor provocada pelo processo inflamatório. Além disso, o cetoprefeno é considerado um antitérmico, que controla a febre.
É utilizado no tratamento de inflamações no ouvido, nariz e garganta – como otite, sinusite, faringite, larangite e amidgalite. Daí porque às vezes é empregado em casos de gripe. Também atua no controle de sintomas das doenças reumatológicas, das lesões ortopédicas e do pós-operatório.
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Pode ser indicado por dentistas no caso de periodontites, inflamação dentária (pulpite) e após extrações. O medicamento alivia a dor de dente, mas isso não exclui uma consulta para verificar a origem do problema.
Injetável, gotas, comprimidos, gel, xarope… quais as formas de uso?
O cetoprofeno está disponível em diferentes formatos na farmácia. E há ainda a versão injetável, encontrada apenas em hospitais.
“Esse fármaco faz parte de uma classe de anti-inflamatório indicado para vários tipos de doenças – o que engloba pacientes com necessidades completamente diferentes”, explica Sérgio Brodt, chefe de serviço de Medicina Interna do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre.
Por exemplo, os que têm intolerância a comprimidos ou estão em um pós-operatório com dores intensas podem recorrer mais facilmente ao xarope – ou até receber o medicamento via sonda. Já em gel, é aplicado no local para conter dores em articulações e músculos.
Dada a amplitude de tratamentos possíveis, a posologia do cetoprofeno deve ser indicada por um médico.
Uso infantil
Na forma de xarope, o cetaprofeno é administrado facilmente em crianças a partir de 6 meses de idade. A embalagem em gotas é indicada para maiores de 1 ano.
Os outros formatos do medicamento não devem ser ministrados aos pequenos, principalmente sem autorização expressa do médico.
Grávidas e lactantes
Por falta de estudos, esse medicamento não deve ser utilizado por gestantes ou mulheres que estejam amamentado. E é ainda menos indicado no terceiro trimestre da gravidez.
Reações adversas e efeitos colaterais do cetoprofeno
Há, claro, estudos que apontam algumas das reações mais comuns já documentadas por quem consumiu esse medicamento.
“Em torno de 11% dos pacientes podem ter efeitos gastrointestinais como azia, gastrite e esofagite”, revela Brodt. Esse risco sobe quando o indivíduo já tem histórico dessas doenças.
Outra chateação frequente (15%) é a alteração em testes de laboratório em exames que avaliam as funções hepáticas. “Mas basta evitar a realização desses exames durante a administração do remédio para contornar o problema”, contorna o médico.
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A incidência de insuficiência renal está entre 3% e 9%. Mas atenção: esses números estão mais relacionados a idosos e pessoas com histórico de problemas nos rins.
“Os riscos cardiovasculares existem, mas estão na linha de 1%. Indivíduos com histórico de doenças cardíacas devem evitar esse medicamento”, relata Brodt.
São ainda mais raros (abaixo de 1%), mas há relatos de efeitos hematológicos, dermatológicos (alergias na pele), neuromusculares (dor de cabeça e sono), endocrinológicos, entre outros.
São questões como essa que reforçam a necessidade de tomar o cetoprofeno apenas com indicação do profissional de saúde. Até porque há risco de interação medicamentosa.
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“A maioria das interações está na bula, mas só um profissional pode verificar qual combinação de drogas reduz os efeitos do fármaco, ou intensifica seus efeitos colaterais”, explica Brodt.
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Contraindicações
O uso de álcool é perigoso durante o tratamento com anti-inflamatórios. “Aumenta o risco de sangramento gastrointestinal e desencadear efeitos colaterais e o índice de toxicidade da droga”, esclarece o chefe médico do Hospital Moinhos de Vento.
Uso incorreto e superdosagem
No desespero de fazer a dor passar, o individuo pode ir além do que foi recomendado pelo médico – o que pode acabar em superdosagem e intoxicação. Diante disso, surgem desatenção, cansaço, dificuldade de concentração, náuseas, vômito e dor de estômago.
Melhor esperar a hora da próxima dose ou conversar com seu médico sobre alternativas para conter o desconforto.