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Novo remédio para enxaqueca é aprovado nos EUA com resultados animadores

O medicamento cortou as crises de dor de cabeça pela metade, apresenta menos reações adversas e pode chegar em breve ao Brasil

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 14 dez 2018, 13h37 - Publicado em 21 Maio 2018, 18h59

Boas notícias para quem sofre com enxaqueca. O U.S. Food & Drug Administration (FDA), órgão que regula os remédios nos Estados Unidos, autorizou recentemente o uso do erenumabe (nome comercial: Aimovig), o primeiro medicamento específico para esse tipo de dor de cabeça que, estima-se, afeta 15% da população.

Desenvolvido pela farmacêutica Novartis, o fármaco atua contra a CGRP, uma molécula que todo mundo carrega, mas que, acredita-se, seja uma das responsáveis por deflagrar as crises. “Os enxaquecosos possuem níveis aumentados da CGPR, e o remédio contém um anticorpo que consegue retirá-la de circulação”, explica Mario Peres, neurologista da Sociedade Brasileira de Cefaleia.

Além de ter demonstrado resultados satisfatórios nos estudos que garantiram a aprovação em solo americano, o novo medicamento carrega duas vantagens animadoras. Primeiro, ele é aplicado via injeção uma vez ao mês. “Isso melhora a adesão ao tratamento”, comenta Peres. Depois, apresenta poucos efeitos colaterais – os mais comuns identificados até agora foram reações no local da injeção e constipação intestinal.

Hoje, o tratamento para essas dores lancinantes na cabeça frequentemente envolve remédios contra epilepsia, antidepressivos e outras classes que até funcionam, porém provocam reações adversas mais significativas. Segundo o fabricante, o remédio deve estar disponível a partir da semana que vem nos Estados Unidos.

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“E já está em processo de aprovação aqui no Brasil, onde deve chegar provavelmente em 2019”, conta Peres. Na Terra do Tio Sam, o preço vai ficar por volta U$ 575 dólares a cada dose mensal – mas cabe ressaltar que o custo varia de país para país.

Antes da liberação do FDA, o erenumabe foi testado em mais de 3 mil pessoas. Em um dos estudos, feito pela Universidade King’s College, de Londres, os indivíduos que tomaram as picadas mensais viram a incidência das crises cair pela metade. E, quando elas ocorriam, impactavam menos a qualidade de vida, o que indica uma intensidade menor.

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Espera-se que o erenumabe seja um aliado tanto para os casos de enxaqueca crônica, quando há mais de 14 dias de dor ao mês, quanto na versão episódica (mais esporádica). A ideia é fazer um uso contínuo da medicação, de maneira que não apenas trate a dor quando ela surge, mas previna seu aparecimento.

Prevenção é, aliás, o alvo dos esforços dos médicos. Fora o uso de fármacos, há práticas do dia a dia bem importantes. “Para diminuir o número de episódios de enxaqueca, apostamos em atividade física, higiene do sono, regularidade alimentar, acupuntura e outras táticas”, completa Peres.

Vale tudo na luta contra a doença, que, aliás, está no rol das mais incapacitantes do mundo da Organização Mundial de Saúde.

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