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Aciclovir: o que é, para que serve e como tomar esse medicamento

Vendido em comprimido ou pomada, aciclovir trata o vírus da herpes; entenda quanto tempo dura o tratamento para cada caso, os efeitos colaterais etc

Por Fabiana Schiavon
Atualizado em 1 mar 2023, 13h49 - Publicado em 4 jul 2022, 16h45
remédios, simbolizando para que serve aciclovir
Em forma de pomada ou comprimido, aciclovir tem ação contra o vírus da herpes (Foto: Pawel Czerwinski/Unsplash/Divulgação)
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O aciclovir serve para tratar infecções causadas pelo vírus da herpes, tanto a genital como a oral. O mesmo remédio também é usado para conter o herpes-zóster. A forma de tomar o medicamento, as doses e a quantidade de dias variam, inclusive porque há a versão em comprimido e a pomada. O remédio pode provocar fadiga, febre e coceira na pele, entre outras reações adversas.

Essa fórmula é comercializada por diferentes farmacêuticas e pode ser encontrada nas prateleiras pelos nomes de Virotin, Aciclofar, Zovirax e Ziclovir, entre outros, ou até por aciclovir, como genérico.

Saiba mais:

O que á o aciclovir e para que ele serve?

Esse medicamento integra o tratamento de infecções causadas pelo vírus herpes simplex – que provoca as herpes dos tipos genital e oral – e do varicela-zoster, causador do herpes-zóster.

“O aciclovir é amplamente utilizado por bloquear a multiplicação desses vírus“, explica a farmacêutica Carolina Xaubet do Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos do Conselho Federal de Farmácia (Cebrim/CFF). Esses inimigos da saúde em geral atacam e provocam sintomas em mucosas (como boca, olhos e órgãos genitais), na pele e no cérebro.

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+ Leia também: Nova vacina contra herpes-zóster chega ao Brasil; saiba quem pode tomar

A profissional reforça que esse medicamento não evita a reinfecção ou transmissão de herpes genital.

Mas ele às vezes é indicado na prevenção de herpes em imunocomprometidos. É que esse vírus fica latente no organismo – uma vez que você pega, não se livra dele. Aí, quando há uma baixa do sistema imune por causa de uma doença ou uma cirurgia, por exemplo, ele pode voltar a se manifestar.

“No imunossuprimido, essa baixa é uma constante, por isso utilizamos o remédio de forma preventiva, com duas ou até cinco doses ao dia, dependendo de casa caso”, esclarece a infectologista Giovanna Sapienza, do Centro de Prevenção Meniá.

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Esse cuidado ocorre porque pode haver casos graves de herpes nesse grupo. E mesmo as situações menos problemáticas geram muitos incômodos, de acordo com Giovanna.

+Leia também: Alprazolam: para que serve esse ansiolítico e quais efeitos colaterais

Como tomar o aciclovir?

A posologia descrita na bula indica doses diferentes de comprimidos de acordo com as seguintes situações:

  • Tratamento de herpes simples: um comprimido de 200 mg, cinco vezes ao dia, com intervalos de quatro horas (sem precisar tomar durante a noite), por pelo menos cinco dias. A dose pode aumentar em casos de pessoas imunocomprometidas
  • Tratamento de herpes-zóster: um comprimido de 800 mg, cinco vezes ao dia, com intervalos de quatro horas (sem precisar tomar durante a noite), por, pelo menos, sete dias

Pomada e comprimido podem ser utilizados de forma simultânea se o médico julgar necessário, mas suas funções são diferentes. E, apesar dessa indicação presente nas bulas, é sempre importante discutir o seu caso com um profissional de saúde.

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Como o comprimido se dissemina pela corrente sanguínea, seu uso é mais amplo. Já a pomada tem ação local, principalmente na prevenção e no tratamento das lesões visíveis.

Há ainda a pomada oftálmica, indicada para o tratamento de ceratite. Essa é uma inflamação da córnea associada à infecção pelo herpes simplex.

“Já uadros graves necessitam de tratamento endovenoso para garantir que a medicação está chegando na concentração adequada nos locais da infecção”, pondera Paulo Gewehr Filho, infectologista do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre.

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Quanto tempo dura o tratamento?

Isso depende da condição clínica do paciente. A média de é de três a dez dias de tratamento.

“São muitas as variáveis que determinam o tempo de tratamento. Precisamos saber se é o primeiro episódio, quais são as respostas na melhora dos sintomas e estado de saúde do indivíduo. Além disso, há o uso preventivo e contínuo para evitar recorrências em situações específicas”, pontua Gewehr Filho.

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Quais são os principais efeitos colaterais?

Há mais relatos de fadiga, febre, coceira na pele, náusea, vômito, diarreia e dores abdominais. Os indivíduos que possuem doença renal podem sentir dor de cabeça e tontura. Quem usa o creme pode sentir ardência, coceira ou um leve ressecamento na pele.

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Esses sintomas são simples e transitórios, segundo Gewehr Filho. Apenas raramente há alterações renais significativas.

O acompanhamento se torna mais relevante quando há uso prolongado do aciclovir.

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