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Micose de praia: tratamento deve durar um mês, mas poucos seguem indicação

Pomada para combater a micose, comum no verão, não deve ser abandonada com a melhora dos sintomas, alerta especialista. Veja como se proteger

Por Danielle Sanches, da Agência Einstein*
Atualizado em 12 jan 2022, 15h01 - Publicado em 12 jan 2022, 15h01

O verão brasileiro é um dos momentos em que as praias ficam mais cheias durante todo o ano. Com isso, há um aumento na incidência de micoses e outras infecções provocadas por fungos e parasitas.

As micoses mais comuns são aquelas provocadas pela proliferação dos fungos em locais que acumulam mais umidade, como a virilha, entre os dedos dos pés e no tórax.

Caio Lamunier, dermatologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, explica que a combinação dessa umidade com os resíduos de protetor solar na pele, por exemplo, aumenta os riscos de surgir o problema.

“Outros fatores que influenciam o desenvolvimento dessas doenças no verão são o uso de menos roupas, andar descalço e o maior contato físico entre as pessoas”, explica o especialista, que atua também no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP).

Até mesmo a maior exposição ao sol pode ser um fator, já que reduz a imunidade da pele e facilita esse tipo de problema, segundo Lamunier.

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Cuidado na areia

No caso das doenças provocadas por parasitas, o principal fator de risco é justamente andar descalço em áreas contaminadas por esses organismos.

É o caso do bicho-de-pé, doença provocada pela pulga Tunga penetrans, que entra na pele e pode viver ali por semanas enquanto bota seus ovos; e do bicho geográfico, que surge após o contato da pele com larvas de parasitas do gênero Ancylostoma.

Atenção aos sintomas

As micoses de pele comuns costumam provocar lesões avermelhadas, coceira e eventualmente, descamações.

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A micose conhecida como “pano branco”, ou pitiríase versicolor, causada pelo fungo Malassezia furfur, costuma gerar lesões brancas ou castanhas no tronco (pescoço, tórax e abdome). Já a famosa frieira se apresenta com lesões descamativas e coceira entre os dedos dos pés.

No caso do bicho-de-pé, a lesão costuma ser redonda com um ponto preto ao centro — o que indica a presença do inseto. Já o bicho geográfico é conhecido por marcas esbranquiçadas feitas pela movimentação das larvas embaixo da pele, gerando desenhos que lembram um mapa, que dá o nome da doença.

+ Leia também: Exercícios na praia são bem-vindos, mas é preciso se preparar

Tratamentos

A maioria das micoses pode ser tratada com pomadas antifúngicas adquiridas nas farmácias, segundo o dermatologista. É importante, porém, ficar atento à duração do tratamento.

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“O mais comum é que a pessoa use por poucos dias, veja uma melhora nas lesões e suspenda a aplicação. Isso, no entanto, não elimina o fungo por completo, e aumenta a chance de reincidência”, explica Lamunier.

O recomendado é que o indivíduo continue usando a pomada por cerca de um mês, para garantir que o fungo seja totalmente controlado.

No caso de piora ou persistência do problema, um médico dermatologista deve ser consultado. Vale o mesmo para as micoses de unha, que devem ser acompanhadas por um profissional.

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Na suspeita de bicho-de-pé ou bicho geográfico, a recomendação da Sociedade Brasileira de Dermatologia é que um médico especialista ou de pronto atendimento seja procurado para avaliar as lesões e, se necessário, fazer a remoção dos parasitas por meio cirúrgico. Eventualmente, pode-se também receitar remédios de via oral.

Como prevenir?

Para prevenir o surgimento dessas condições, o especialista sugere alguns cuidados que vão evitar que se crie um ambiente propício à proliferação dos fungos, como:

• Tomar banho após sair da praia, e remover as sobras de filtro solar;
• Manter a pele sempre bem seca;
• Evitar usar roupas úmidas por longos períodos;
• Usar roupas confortáveis, que deixem a pele respirar;
• Evitar o acúmulo de suor e umidade excessiva em regiões como a axila, costas e virilha.

Contra as doenças provocadas pelos parasitas, o principal ponto de atenção é não andar descalço em solos que possam estar infectados, como areia por onde passaram animais domésticos (que podem contaminar o local por meio das fezes) e locais sujos ou com saneamento básico precário.

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Idosos e crianças devem estar especialmente atentos, já que o envelhecimento da pele torna o tecido mais sensível e suscetível às infecções, enquanto as crianças podem levar as mãos sujas e contaminadas à boca, causando outros problemas de saúde.

*Esse texto foi originalmente publicado pela Agência Einstein.

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