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Combinar suplementos por conta própria pode ser perigoso

Uso concomitante de mais de mais de um suplemento alimentar ou esportivo sem indicação médica pode gerar problemas de saúde

Por Valentina Bressan
Atualizado em 12 dez 2024, 15h17 - Publicado em 12 dez 2024, 15h16
suplementos
Uso combinado de suplementos não é sinônimo de mais resultados, e ainda pode trazer danos à saúde (Freepik/Freepik)
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A vontade de turbinar os treinos e chegar a resultados físicos mais rapidamente leva muitas pessoas a recorrer a suplementos esportivos. Também é comum encontrar quem use suplementos alimentares por acreditar que as doses de vitaminas, por exemplo, podem fortalecer a saúde e melhorar a disposição.

A dica fundamental para quem deseja usar suplementos é consultar um médico antes de começar qualquer tipo de suplementação. Diferentes substâncias podem interagir entre si ou com medicações – o que pode reduzir a eficácia dos remédios ou gerar efeitos colaterais.

Sem uma avaliação adequada da dieta e da saúde, o uso de suplementos também pode causar sobrecarga de nutrientes. Quando se trata de saúde, mais não quer dizer melhor. Problemas renais, hepáticos e cardíacos podem surgir do uso excessivo ou sem indicação desses produtos.

+Leia também: Vitaminas demais, saúde de menos: o lado perigoso desses nutrientes

Saiba os riscos de utilizar suplementos sem indicação

O consumo de suplementos sem uma avaliação médica prévia pode resultar em reações alérgicas e outros problemas de saúde. Um dos principais riscos é a ingestão excessiva de determinados nutrientes.

De início, o excesso pode causar dor abdominal, náuseas e diarreia. Em alguns casos mais graves, o consumo exagerado de proteínas, por exemplo, pode acarretar em danos aos rins e ao fígado.

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Você também pode acabar gastando dinheiro à toa ao utilizar um suplemento que não é tão adequado aos seus objetivos. Muitas vezes, apenas ajustar a dieta gera mais efeitos do que usar suplementos. Um nutricionista é o melhor profissional para fazer a indicação adequada.

Além da sobrecarga ao organismo, a ingestão excessiva de proteínas acaba fornecendo mais energia do que o corpo precisa: uma das consequências pode ser o ganho de gordura, que, em geral, vai na contramão dos objetivos que incentivam a suplementação e os treinos.

A confiabilidade e segurança também devem ser levadas em conta na hora de escolher um suplemento. É fundamental buscar opções autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os termogênicos, por exemplo, não são indicados por profissionais da saúde, e ainda podem conter substâncias ilegais – que aumentam os riscos à saúde e podem até ser fatais. 

+Leia também: Suplementos vitamínicos: o que você precisa saber

Combinações perigosas

Usar mais de um suplemento concomitantemente é um risco para o organismo: opções proteicas como whey, caseína e albumina não devem ser combinadas porque o excesso de proteínas pode gerar problemas nos rins e no fígado.

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A quantidade excedente de proteínas pode levar a aumento de peso e causar sintomas como constipação, diarreia e gases. A longo prazo, podem surgir alterações em indicadores de saúde, como o nível de colesterol e de gordura saturada no sangue.

Além disso, não faz sentido investir em mais de um suplemento com a mesma finalidade – a caseína e a albumina costumam servir como alternativas ao whey, em especial para quem tem intolerância à lactose. A soma das doses não gera resultados maiores ou mais velozes e ainda é perigosa. 

Outra combinação que não é recomendada por nutricionistas é a de whey protein com o suplemento BCAA. O BCAA reúne os aminoácidos leucina, valina e isoleucina. Só que as proteínas do whey já contém esses – e outros – aminoácidos, então utilizar os dois suplementos ao mesmo tempo não é garantia de melhores resultados e ainda pode gerar sobrecarga.

Em alguns casos, um suplemento pode até diminuir o efeito do outro. Há evidências de que a combinação de cafeína com creatina pode diminuir a efetividade da creatina.

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A cafeína, considerada uma boa opção de pré-treino, tampouco deve ser combinada com medicamentos para tratamento de broncoespasmo ou doença obstrutiva crônica das vias aéreas. A substância pode também interagir com anticoagulantes e com algumas medicações de uso psiquiátrico.

Antidepressivos também podem surtir reações indesejadas quando usados junto de suplementos que contém o aminoácido tirosina – em geral, presente em opções proteicas. O combo pode causar aumento na pressão arterial e na frequência cardíaca.

Os multivitamínicos, em geral, já não são indicados por profissionais da saúde: quem tem deficiência de alguma vitamina deve fazer a reposição deste nutriente específico, sob orientação médica.

Vendidos como opções que contém “todos os tipos de vitaminas”, esses suplementos podem te levar a consumir nutrientes desnecessários e que podem gerar problemas. O exagero nas vitaminas D, E e K pode ser tóxico. Já o excesso de vitamina K reduz a eficácia de remédios anticoagulantes.

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Cálcio, ferro, magnésio e zinco excedentes podem ainda diminuir a capacidade do corpo absorver antibióticos.

 

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