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A repórter Larissa Beani desvenda as principais questões (e chateações) sobre a saúde da mulher

3 motivos para você, mulher, extravasar sua raiva

O livro "As Mulheres Estão com Raiva" alerta para os perigos de sufocar sentimentos em prol de uma aparente calmaria

Por Larissa Beani Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
12 Maio 2025, 11h11
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O quadro "A Noiva Relutante", de Auguste Toulmouche, é um símbolo da raiva feminina (Art Renewal Center/WikiArt.org/Domínio Público/Wikimedia Commons)
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O que você faz quando está com raiva? Via de regra, nós, mulheres, fomos educadas para varrer esse sentimento para debaixo do tapete — deixar que a ira e a indignação nos consumam em silêncio.

Essa aparente calmaria, porém, não é capaz de calar por completo o sofrimento psíquico e físico que a raiva nos causa.

“Nossa raiva não se apresenta sempre de maneira clara”, explica a psicoterapeuta inglesa Jennifer Cox no livro As Mulheres Estão com Raiva (clique aqui para comprar), publicado no Brasil pela editora Cultrix. “Ela tem disfarces psicológicos, como ataques de pânico ou TOC [transtorno obsessivo-compulsivo], e fisiológicos, como dor crônica, enxaqueca ou fadiga.”

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É o que Cox tem observado ao longo dos anos em seu consultório em Londres, onde recebe diariamente mulheres das mais variadas idades e origens — todas com uma queixa em comum: a dificuldade de extravasar a raiva e os problemas que isso lhes acarreta.

Essa crise coletiva foi também o que motivou a terapeuta a criar o movimento Women Are Mad (As mulheres estão loucas, em tradução livre). Coordenado em conjunto com a artista Salima Saxton, a iniciativa busca encorajar e orientar as mulheres a lidarem com seus sentimentos de formas mais saudáveis.

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Na obra que chega ao país, Cox apresenta dezenas de casos clínicos que mostram como sufocar a raiva é um hábito traiçoeiro e que pode estar associado a diversos problemas para a mente, o corpo e a sociedade.

A seguir, confira três motivos pelos quais você não deve reprimir sua irritação:

+ Leia também: A raiva nos afasta das pessoas e nos aproxima das doenças

1. A raiva é um mecanismo de sobrevivência

“Milhares de anos de evolução ancestral ancoraram a raiva em nosso repertório psicológico”, pontua Cox. Há um porquê para termos essa sensação até hoje: a raiva pode estar ligada a um senso de justiça, autoproteção e análise de risco.

Quando sofremos algum tipo de frustração (seja porque fomos enganados, humilhados ou machucados), é natural e até mesmo desejado que fiquemos indignados e sintamos… raiva! Se bem canalizada, ela pode nos ajudar a defender nossos interesses, pontos de vista e direitos. 

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É um processo natural. Diante da frustração, a amígdala cerebral é a acionada e começa a produzir alertas de que há alguma ameaça à espreita. Isso gera respostas emocionais que variam entre medo, raiva e ansiedade.

Então, o córtex pré-frontal entra em ação: ele regula a intensidade dessas emoções e faz uma avaliação racional do que realmente é uma ameaça e como podemos responder a ela.

+ Leia também: Uma vida de fúria: o que a escalada da violência diz sobre a sociedade?

2. O corpo não mente

A raiva que sentimos não é apenas uma resposta mental, mas também física. 

Os batimentos cardíacos e a pressão arterial podem subir em uma crise de raiva, os mecanismos de dor podem ser acionados, a respiração vai ficando mais curta, as contrações do sistema digestivo mudam e até a pele pode ter que lidar com processos inflamatórios.

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Diversos estudos já mostraram que problemas cardíacos, nervosos e até intestinais podem estar associados ao estresse mal manejado e prolongado.

+ Leia também: Não é coisa da sua cabeça: sintomas menosprezados atrasam diagnóstico

3. Extravasar a raiva como ato criativo

Há muitas formas de demonstrarmos nossos sentimentos — com a raiva, não é diferente. Ela pode ser colocada para fora pela escrita, pela arte, por técnicas de luta, por xingamentos, por confrontamento, por diálogos e até por formação política e senso de comunidade.

É o papel do terapeuta ajudar cada paciente a encontrar qual é o melhor caminho para canalizar sua raiva e seguir sua vida com menos complicações. As soluções variam também de acordo com as raízes dos problemas de cada uma de nós.

A ideia é não desperdiçar energia — pelo contrário, usá-la para nos fortalecer e para combater o silenciamento das nossas necessidades.

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As Mulheres Estão com Raiva

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