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O Futuro do Diabetes

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Carlos Eduardo Barra Couri é endocrinologista, pesquisador da USP de Ribeirão Preto e criador do Endodebate e do Diacordis. Aqui ele mapeia os cuidados e os avanços para o controle do diabetes
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Novo remédio para emagrecer, tirzepatida pode fazer bem ao fígado

Achados vêm de estudo apresentado em congresso europeu e chamaram a atenção da comunidade médica

Por Carlos Eduardo Barra Couri
12 jun 2024, 15h49
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  • Nos últimos meses, a tirzepatida tem ganhado o noticiário pela sua grande eficácia na redução do peso corporal, nunca vista dentre os medicamentos já aprovados no mundo.

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    Ela tem uma proposta parecida com a da semaglutida, princípio ativo do seu concorrente Ozempic, com a diferença de que simula a ação de dois hormônios no organismo — além do GLP-1, o GIP.

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    E sua ação no peso parece ser apenas a ponta do iceberg. Esta molécula injetável semanal tem se mostrado útil no controle da pressão arterial, da glicose, dos triglicérides e de outras condições ligadas ao excesso de peso.

    Neste mês de junho, durante o Congresso da Associação Européia para Estudo das Doenças do Fígado, realizado em Milão, na Itália, mais um capítulo deste livro foi escrito: foram apresentadas evidências de redução da gordura e da fibrose no fígado com tirzepatida.

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    O estudo SYNERGY-NASH, discutido no evento, incluiu 190 participantes com idade e peso médios de 54 anos e 100kg. Cerca de 58% tinham diabetes tipo 2. A grande maioria dos voluntários tinha fibrose hepática grau 2 ou 3 (o grau 4 significa cirrose). Metade utilizou placebo associado a alimentação saudável e exercícios regulares e a outra metade utilizou a tirzepatida.

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    Depois de um ano de acompanhamento, cerca de 60% daqueles que receberam o medicamento tiveram uma melhora completa da inflamação do fígado sem piora da fibrose.

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    Cerca de 55% apresentaram redução de pelo menos um grau de fibrose. A redução da gordura hepática foi de 57%, verificada pelo exame de ressonância magnética.

    + Leia também: Já olhou para o seu fígado?

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    A principal hipótese para explicar a expressiva melhora dos parâmetros hepáticos foi a redução do peso corporal. Nos participantes com diabetes, a diminuição média foi de 18% e, naqueles sem a doença, de 14%.

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    Vale destacar que trata-se apenas de um estudo de fase 2 (a saber, são 3 fases antes antes da aprovação do medicamento), mas os resultados são impressionantes. De qualquer forma, mais pesquisas são necessárias para comprovar eficácia e segurança nesse contexto, com um tempo de acompanhamento mais longo e um número maior de participantes.

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    A esteatose hepática é uma condição muito comum, presente em cerca de 30% da população mundial e em 80% daqueles com diabetes. Pode ser uma causa de cirrose, câncer de fígado e até levar a um transplante hepático. Os desfechos cardiovasculares são as principais causas de morte nesta população.

    No Brasil a tirzepatida foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento de diabetes tipo 2, mas ainda não está disponível nas farmácias. A expectativa é que ela chegue às farmácias no segundo semestre de 2024.

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