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Pediatras e outros experts da Sociedade de Pediatria de São Paulo discutem e ensinam medidas básicas para a criançada se desenvolver com saúde
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A transição entre aleitamento materno e dieta sólida

Pediatras explicam quando e como deve ser feita a introdução de alimentos na pequena infância

Por Dra. Cátia R.B Fonseca e Dr. Yechiel Moises Chencinski*
Atualizado em 1 ago 2019, 15h48 - Publicado em 2 mar 2017, 17h01

A recomendação da Organização Mundial de Saúde, da Sociedade Brasileira de Pediatria e do Ministério da Saúde é que o aleitamento materno seja exclusivo e em livre demanda desde a sala de parto até o sexto mês de idade, estendido até 2 anos ou mais. E, mesmo que a criança esteja em aleitamento misto ou só recebendo fórmula, se mantém a introdução de alimentos aos 6 meses de vida, devido a alguns fatores importantes ligados ao desenvolvimento do pequeno que só acontecem nessa fase, como:

  • Perder o reflexo de colocar a língua para fora (a protrusão de língua)
  • Já começar a se sentar, ao menos com apoio
  • Ter condições de mastigar, mesmo sem os dentes

A oferta adequada da alimentação complementar, também chamada de alimentação de transição, é definida como a introdução de alimentos sólidos em adição ao leite materno.

A transição entre “beber” (mamar) e “comer” a comida não requer pressa, deve ser feita paulatinamente, mas se mostra imprescindível para as crianças aos 6 meses. O seu início antes ou muito após essa idade pode gerar carências ou excessos alimentares, contribuindo tanto para deficiência de nutrientes e desnutrição como para sobrepeso e obesidade infantil. É importante lembrar que, mesmo após os 6 meses de idade, o leite materno ainda é um alimento importante para a criança e portanto deve ser mantido até o desmame natural.

Não é recomendado o uso de liquidificador, mixer ou peneira para facilitar a aceitação de papas e das frutas, uma vez que o nenê já está preparado para mastigar, engolir e fazer a digestão dos alimentos que serão introduzidos cozidos e amassados ou desfiados (as carnes), ou crus, raspados e amassados (alguns legumes e frutas).

A alimentação da criança vai garantir aporte suficiente de energia (calorias), proteínas e também de micronutrientes (vitaminas, ferro e minerais). As quantidades de açúcar e sal também precisam ser observadas, já que os hábitos alimentares adquiridos nessa fase normalmente se mantêm e poderão levar a problemas futuros. O açúcar não deve fazer parte da alimentação da criança no primeiro ano de vida, bem como alimentos com corantes e conservantes. O sal, por sua vez, deve ser usado com muita moderação.

Todos esses cuidados levarão a um excelente crescimento e desenvolvimento da criança, além de atuar numa formação adequada dos dentes, da musculatura da face (e a capacidade de mastigar), bem como evitar problemas como as cáries.

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É importante alertar os pais que hoje em dia não é considerada adequada a oferta de frutas na forma de sucos, mas sim o consumo in natura, pois a bebida terá uma concentração muito maior de calorias e também não irá auxiliar no desenvolvimento da mastigação e deglutição da criança.

*Dra. Cátia R.B. Fonseca é pediatra, professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina de Botucatu da Unesp e presidente do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP)

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Dr. Yechiel Moises Chencinski é pediatra, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da SPSP e membro do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da SPSP

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