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Você pode (ou melhor, deve) se preparar para um envelhecimento saudável. A geriatra Maisa Kairalla, da Universidade Federal de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, ensina como
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Herpes-zóster: prevenir (com vacinas) é melhor do que remediar

Essa doença ganhou destaque por causa do jovem Justin Bieber, mas na verdade é mais comum nos idosos. Conheça o cenário e a nova vacina

Por Maisa Kairalla
8 jul 2022, 10h05
herpes-zóster
Há duas vacinas para combater a herpes-zóster, entenda a diferença entre os dois imunizantes (Foto: Diana Polekhina/Unsplash/Divulgação)
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O vírus que causa herpes-zóster (HZ) ganhou os holofotes da imprensa mundial por causa do cantor Justin Bieber, que anunciou recentemente ter sido acometido pela doença. No caso dele, ainda foi desencadeada a Síndrome de Hansey Hunt, uma infecção que atingiu os nervos da face do cantor e o deixou com o rosto parcialmente paralisado. 

Embora o jovem Bieber tenha sido uma das vítimas do “cobreiro”, nome popular do herpes-zóster, a doença se manifesta mais comumente em adultos acima dos 50 anos de idade. 

+Leia também: Diabetes e herpes-zóster: do controle da glicose à vacinação

Todos aqueles que tiveram catapora quando crianças, decorrente do vírus varicela-zóster, são mais suscetíveis a apresentar herpes-zóster na vida adulta. É como se o varicela-zóster tivesse ficado “adormecido” por anos no organismo, até ser reativado por fatores como queda na imunidade, estresse e doenças crônicas a exemplo do diabetes. 

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Estima-se que 1 em cada 3 idosos a partir dos 75 anos apresentará a doença. Mas há meios de se prevenir? 

A boa notícia é que sim! A vacinação é, hoje, o meio mais indicado para reduzir a incidência da doença nessa parcela da população. Mesmo aqueles que se vacinaram contra a catapora na infância devem tomar as doses contra o herpes-zóster a partir dos 50 anos de idade. 

Atualmente, há duas vacinas disponíveis: a primeira que foi desenvolvida é a Zostavax, do laboratório MSD. E a segunda é a Shingrix, da farmacêutica GSK. Ela foi aprovada no Brasil em 2021, mas só agora está sendo distribuída

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Segundo estudos, essa segunda opção tem uma maior eficácia, chegando a 90% em pessoas a partir de 50 anos; e 97% entre aqueles com 50 a 69 anos de idade. 

Outro diferencial é que essa vacina, por ser inativada e com tecnologia recombinante, pode ser utilizada por quem está imunossuprimido, ou seja, com sistema imunológico consideravelmente debilitado. Isso inclui indivíduos com doenças crônicas e pacientes em tratamento quimioterápico ou em programas de transplante de medula óssea, para citar alguns exemplos. E sabemos que os idosos apresentam mais enfermidades crônicas.

Embora ainda esteja disponível apenas no setor privado, a expectativa é que, em breve, essa vacina integre o calendário vacinal do SUS. Os benefícios disso são inestimáveis, e reforçam a máxima de que prevenir é melhor do que remediar.

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Estamos falando de um vírus que pode debilitar a pessoa exponencialmente, comprometendo a qualidade de vida devido às dores crônicas que causa. Em alguns casos mais severos, o herpes-zóster leva à perda da visão e, até mesmo, à morte. Devemos evitar isso!

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