Uma das condições que mais aparecem ou se agravam durante o climatério é a insônia. Calcula-se que 60% das mulheres nessa fase chegam a encará-la. Há vários motivos para isso, a começar pelas mudanças na bioquímica cerebral. Os fogachos também têm sua parcela de culpa, pois os calorões noturnos seguidos de calafrios não raro atrapalham o sono.
É um efeito dominó que abre caminho ao cansaço, ao desânimo e até ao ganho de peso. “Acordar cansada e irritada compromete o bom funcionamentos de hormônios como a grelina e a leptina, responsáveis pela fome e pela saciedade”, explica a médica Mariana Halla, diretora da Sociedade Brasileira para Estudos do Envelhecimento.
O que os especialistas recomendam para driblar a insônia
- Deitar-se na cama apenas para dormir e evitar usá-la para atividades como ler, comer ou ver televisão;
- Manter o quarto livre de luzes ou ruídos;
- Não fazer atividade física intensa muito tarde;
- Jantar mais cedo e priorizar refeições leves para o corpo não ficar encarregado com uma baita digestão;
- Maneirar no celular à noite, já que a luz azulada da sua tela atrapalha a produção de melatonina, hormônio que prepara o corpo para o sono.
“Em alguns casos, as terapias de reposição hormonal também ajudam a solucionar os problemas de insônia”, aponta o ginecologista Márcio Coslovsky, membro da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia.
Lembre-se: se a dificuldade para pegar no sono ou mantê-lo ao longo da madrugada se tornar persistente, converse com o médico. Há tratamentos especialmente destinados a corrigir a situação.