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Anvisa proíbe duas substâncias presentes em unhas de gel

Ingredientes responsáveis pelo endurecimento da unha na esmaltação em gel podem causar câncer e infertilidade

Por Valentina Bressan
30 out 2025, 13h47
Mão com unhas longas em máquina de luz UV
Produtos que reagem à luz UV usada na esmaltação em gel trazem riscos à saúde (Freepik/Freepik)
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Duas substâncias usadas para fazer unhas de gel foram proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nessa quarta-feira (29). O TPO (óxido de difenil) e o DMPT (também conhecido por dimetiltolilamina, ou DMTA) foram vetados por causar riscos de câncer e de doenças nos órgãos reprodutivos.

A medida não vale apenas para produtos destinados às unhas, mas para quaisquer fabricações cosméticas contendo as duas substâncias. Esta decisão segue uma determinação de segurança da União Europeia, que baniu as mesmas substâncias em setembro deste ano.

Riscos à saúde geraram proibição também na Europa

O DMPT, de nomenclatura química N,N-dimetil-p-toluidina, foi reconhecido como substância que pode causar câncer em humanos. Já o perigo do TPO – o 2,4,6-trimetilbenzol – está relacionado à reprodução. Seu uso pode gerar infertilidade.

Os riscos já eram conhecidos pelas agências reguladoras da Europa. Em 8 de agosto deste ano, a União Europeia proibiu ambas as substâncias devido ao seu potencial tóxico e carcinogênico.

Ambas as substâncias podem ser encontradas tanto em esmaltes em gel quanto em outros produtos usados para unhas artificiais, porque reagem à luz UV ou LED usada nesses processos e fazem a manicure durar mais tempo.

Estudos em roedores apontaram os riscos de câncer e infertilidade. Além da indústria cosmética, é possível encontrar o TPO em produtos odontológicos, maquiagens, tintas e adesivos.

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Já ter usado esmaltes com a substância não é sinônimo de doença no futuro: as doses usadas nos estudos científicos são maiores do que as aplicadas na manicure. Apesar de não haver razão para pânico, a proibição é uma medida cautelosa para evitar doenças do tipo na população.

Mesmo sem utilizar desses produtos nocivos, as unhas de gel ou acrílico podem prejudicar a saúde da pele e das unhas.

Se há qualquer alergia aos componentes, fragilidade ou infecção na pele ou unhas, é necessário evitar estas técnicas. Caso a unha descole, também há possibilidade de infecções fúngicas e bacterianas. Os danos podem ser permanentes. 

O ideal é conversar com o médico dermatologista antes de embelezar as unhas com essas técnicas

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+Leia também: Anvisa alerta sobre colas não regularizadas para unhas e cílios postiços

Prazos para sair de circulação

Para manicures e serviços de estética, é importante ficar atento às datas estabelecidas pela Anvisa. Dentro de 90 dias da publicação da nova resolução, os registros e notificações dos produtos que contêm as substâncias serão cancelados. 

Ou seja, até este prazo se encerrar, as empresas responsáveis pelos produtos devem recolhê-los de lojas e distribuidores. De imediato, a partir de agora, fabricar, importar ou criar novos registros para produtos com TPO ou DMPT fica proibido. 

No comércio, o prazo é de 90 dias para deixar de vender e usar produtos já distribuídos no mercado.

Na hora de fazer as unhas, fique atento aos produtos utilizados: vale vasculhar o rótulo para se certificar de que você não está correndo riscos de saúde. O perigo é ainda maior para manicures e outros profissionais de beleza, que têm contato prolongado com essas substâncias.

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