Fontes de carboidratos como as batatas andam com a reputação meio abalada. Mas, segundo nova pesquisa da Universidade Edith Cowan, na Austrália, não merecem a má fama.
Ao avaliarem questionários respondidos por mais de 50 mil pessoas, os cientistas perceberam que, embora o alimento não apresente os mesmos benefícios de outros vegetais, não pode ser culpado por problemas de saúde, como o diabetes tipo 2.
A nutricionista Gisele Haiek, de São Paulo, não se surpreende com a constatação. Segundo ela, a doença não tem a ver com o consumo isolado de um item.
Além disso, avisa que batata, arroz e banana não podem ser comparados a alimentos industrializados como biscoitos recheados e refrigerantes. “Devemos ter mais cuidado com os produtos ultraprocessados”, defende.
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Para comer numa boa
Dicas da nutricionista ao colocar as batatas na rotina:
Fuja da fritura
Ela faz a gente consumir um tipo de gordura péssimo e dispara as calorias em uma pequena porção do alimento.
Cozinhe em água
Isso evita a quebra do amido, deixando-o mais resistente. Aí, altera menos a glicemia — boa escolha se houver diabetes.
Pode assar
Embora o amido seja quebrado no processo, é outro modo de preparo recomendado por Gisele Haiek.
Preste atenção ao purê
Pouca manteiga, sal, leite e temperos naturais bastam. Evite queijos, margarina e temperos prontos.
Abuse das especiarias
Orégano, páprica, noz-moscada, tomilho, entre outras, dão sabor e favorecem a saúde.
Tenha moderação — sempre!
Pode misturar fontes de carboidratos, como arroz e batata. Só não é indicado extrapolar as doses.