Uma dieta rica em fibras reduz a absorção de carboidratos pelo organismo e ajuda a controlar os índices de glicemia – quem sofre de diabetes tipo 2, doença que afeta quase 10% da população brasileira, sabe bem. Não é à toa que um alimento como o quiabo, que tem essas características, acabou se tornando um queridinho de quem sofre da condição.
A ideia é simples: ele ajudaria a regular o que se come para domar o sobe-desce das taxas de açúcar no sangue e os temidos efeitos colaterais do diabetes. Uma xícara de quiabo tem a mesma quantidade de fibras da mesma medida de arroz integral.
Além disso, uma pesquisa da Unicamp, feita com camundongos e posteriormente com pessoas, trouxe mais um achado: água com quiabo ajuda a reduzir os níveis glicêmicos de diabéticos. Bastou para que o “remédio natural” viralizasse nas redes. Só que a realidade exige cautela ao anunciar as vantagens do legume.
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Quiabo para o diabetes? Não é bem assim
A repercussão do quiabo como solução mágica levou a Sociedade Brasileira do Diabetes (SBD) a se posicionar e fazer alertas sobre os perigos de substituir a insulina por quiabo.
O legume contém uma boa quantidade de fibras, vitamina A e C, fósforo, potássio, cálcio, quase nada de calorias e muita água. Isso faz com que inseri-lo na dieta seja mais do que bem-vindo, especialmente os diabéticos.
Mas essas vantagens são, sobretudo, nutricionais – fazem parte de uma alimentação equilibrada e saudável. Não quer dizer que o quiabo, por si só, consiga se igualar a um tratamento de controle do diabetes preconizado por um médico.
Os benefícios à saúde não são milagrosos ou suficientes para substituir remédios e outras terapias recomendadas por profissionais de saúde. Fique atento e jamais deixe de seguir as orientações médicas.
Como incluir quiabo na dieta
Oriundo da África e adaptado a zonas tropicais, o quiabo é versátil. Pode ser consumido cozido ou grelhado com diferentes tipos de carne, como frangos, peixes e carnes. Mas ele destila uma baba, que muitos desaprovam. Para diminuí-la, adicione vinagre ou limão no cozimento.
Os chefs também orientam consumi-lo grelhado: parta-o ao meio e grelhe numa frigideira sem azeite ou óleo para não soltar fumaça. Depois de tostadinho, tempere como quiser. É ideal para quem aprecia um toque de amargor e crocância (por causa das sementes). Também dá para fazer saladas quentes, arroz com quiabo e até sopa.