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Pesquisadora desenvolve um chocolate branco funcional

Essa versão do doce sempre carregou má fama porque não tem cacau, o componente bom para a saúde. Mas uma nutricionista decidiu virar o jogo

Por Thaís Manarini
Atualizado em 13 jul 2017, 19h30 - Publicado em 13 jul 2017, 19h00
chocolate-branco-funcional
 (Alex Silva/SAÚDE é Vital)
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Ninguém contesta que comer aqueles chocolates mais amargos (com moderação, é claro) traz benefícios. Afinal, o doce concentra cacau, que é rico em flavonoides – e esses antioxidantes são cheios de atributos, como proteger a saúde cardiovascular. A versão branca, por sua vez, nunca foi citada como benfeitora, já que não leva cacau (apenas sua gordura). Na verdade, esse tipo sempre foi o patinho feio no mundo dos chocolates. Até agora.

Em tese de doutorado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a nutricionista Janaína Madruga Morais Ferreira resolveu criar um chocolate branco funcional. Para isso, o primeiro passo foi adicionar o prebiótico frutooligossacarídeo (mais conhecido como FOS), uma fibra que melhora o funcionamento do intestino e serve de substrato para bactérias boas presentes em nosso corpo, o que culmina em um sistema imunológico fortalecido.

 

 

A nutricionista ainda turbinou o doce com goji berry, frutinha abarrotada dos benditos antioxidantes. Em entrevista ao Jornal da Unicamp, a especialista lembrou que, apesar de ser novidade por aqui, a a goji berry é consumida há muito tempo na Ásia e já mostrou propriedades contra o diabetes e o câncer. “O objetivo do trabalho, que era chegar a uma formulação de chocolate branco mais saudável, foi alcançado”, comemorou Janaína.

Mas o importante mesmo é saber se a guloseima ficou gostosa, certo? Pois a pesquisadora conduziu testes sensoriais com 120 participantes. E as análises mostraram que o chocolate branco passou na prova do sabor – em uma escala que vai até nove, a aceitação ultrapassou a marca dos seis.

Mas e quando chega ao mercado?

Calma, essa é outra história. Para que a metodologia saia da universidade e chegue à indústria, é preciso existir interesse na comercialização do produto. Depois disso, segundo Janaína, seria necessário realizar mais avaliações – para definir tempo de prateleira, por exemplo. “Em termos tecnológicos, porém, não vejo dificuldade em promover essa transferência”, disse a expert ao Jornal da Unicamp.

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