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Dá para prevenir a gengivite com a ajuda da alimentação

Pesquisa recente indica que nosso padrão alimentar pode proteger as gengivas e, assim, evitar estragos sérios na boca

Por Thaís Manarini
Atualizado em 20 mar 2020, 10h04 - Publicado em 25 out 2019, 16h06

Caprichar na higienização é o primeiro e mais importante passo para evitar a proliferação de bactérias na boca e, por consequência, afastar a gengivite, quadro caracterizado por uma inflamação nas gengivas. Mas uma linha de pesquisa recente traz fortes indícios de que nossas escolhas alimentares também influenciam na ocorrência do problema.

Um desses experimentos é aqui do Brasil, mais especificamente da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista. O dentista Renato Casarin, professor na instituição, e sua aluna Roberta Reis — que é nutricionista — recrutaram 60 voluntários de 18 a 35 anos com diferentes graus de gengivite. Em parceria com outra nutricionista, a professora Helena Sampaio, da Universidade Estadual do Ceará, eles analisaram tudo o que foi consumido pelos participantes durante dois dias.

“Diversos trabalhos nessa linha são feitos com um alimento ou suplemento isolado. Mas não adianta tomar suco de uva e comer hambúrguer”, comenta Casarin. Com o histórico alimentar completo, por outro lado, o time de nutricionistas conseguiu definir se a dieta como um todo dos participantes tinha um perfil mais pró ou anti-inflamatório. Em paralelo, houve coleta e avaliação do fluido gengival da turma.

Gengiva em risco

Cruzando os dados, os pesquisadores notaram que um padrão alimentar pró-inflamatório (com frituras, excesso de carne vermelha, biscoitos recheados, salgadinhos e por aí vai) estava associado a alterações importantes, como redução de uma substância protetora chamada interleucina-4. Níveis baixos dela já foram associados à periodontite, por exemplo. Além disso, quem seguia essa alimentação pouco saudável exibiu tendência elevada a sangramentos gengivais.

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Somando essas repercussões a uma higiene capenga, o cenário fica propício para a instalação da gengivite. Pior: segundo Casarin, se nada for feito, o quadro pode evoluir para a periodontite. “Nesse caso, há reabsorção do osso, o que leva até à perda dental no futuro”, ensina. Mas não para aí. A periodontite aumenta o risco de doenças cardiovasculares e desfechos negativos na gravidez, como parto prematuro.

Vale lembrar que uma dieta com perfil mais anti-inflamatório — e, ao que tudo indica, parceira da saúde bucal — é recheada de frutas, verduras, legumes, sementes, oleaginosas, peixes e companhia.

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Próximos passos

Os resultados iniciais fizeram com que os cientistas brasileiros se unissem a pesquisadores americanos para ampliar a investigação. “Vamos seguir com um número maior de indivíduos e uma análise robusta para entender melhor essa relação”, conta Casarin.

“Quem sabe, no futuro, a gente consiga identificar os fatores modificáveis que são capazes de ajudar na prevenção de problemas orais”, completa. Enquanto aguardamos, não custa montar um prato mais colorido e equilibrado.

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