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Crianças que comem mais frutas e vegetais teriam melhor saúde mental

Segundo estudo, maus hábitos alimentares também afetariam o crescimento, o desenvolvimento físico e o desempenho acadêmico

Por Alexandre Raith, da Agência Einstein*
19 out 2021, 12h45
saúde mental das crianças
Alimentação na infância e adolescência deve ser rica e variada. (Foto: Bonnie Kittle/Unsplash/Divulgação)
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É mais do que sabido que manter uma dieta rica em frutas e vegetais é essencial para a saúde física. Uma pesquisa da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, mostra que uma alimentação balanceada está associada também a um maior bem-estar emocional de crianças e adolescentes.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores investigaram a associação entre as escolhas alimentares e a saúde mental de 9 mil crianças em idade escolar – 7 570 do ensino médio e 1 253 do ensino fundamental.

Além de pesquisar os hábitos alimentares, eles aplicaram testes de bem-estar e analisaram fatores como experiências adversas na infância e relacionamentos interpessoais.

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De acordo com o estudo britânico, publicado no periódico BMJ Nutrition, Prevention & Health, as crianças que consumiam cinco ou mais porções de frutas e vegetais por dia tiveram as pontuações mais altas para o bem-estar mental.

Além disso, os tipos de café da manhã e almoço consumidos pelos alunos do ensino fundamental e médio também estavam associados à saúde emocional.

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“As crianças que tomavam um café da manhã tradicional apresentaram um bem-estar melhor do que as que se alimentavam apenas com um lanche ou uma bebida. Já os alunos do ensino médio que tomavam bebidas energéticas tiveram pontuações ainda mais baixas do que aqueles que não consumiam nenhum alimento”, explicaram os pesquisadores em um comunicado para a imprensa.

Eles constataram que apenas 25% das crianças da escola secundária e 28% da primária seguiam a recomendação de comer cinco porções de frutas e vegetais por dia, e pouco menos de 10% não ingeria essas categorias de alimento.

Além disso, cerca de um em cada cinco alunos do ensino médio e um entre dez do fundamental não tomavam café da manhã, e pouco mais de um em dez do ensino médio não almoçava.

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“Em uma turma de 30 alunos do ensino médio, 21 consumiam café da manhã tipo convencional e pelo menos quatro não comiam ou bebiam nada antes do início das aulas. Da mesma forma, pelo menos três iam para o curso da tarde sem almoçar”, exemplificaram os pesquisadores.

Esses maus hábitos alimentares, dizem eles, podem afetar tanto o desempenho acadêmico na escola quanto o crescimento e o desenvolvimento físico. A pesquisa sugere ainda que a nutrição teve tanto ou mais impacto sobre o bem-estar mental do que fatores quanto presenciar discussões regulares ou violência em casa.

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Os pesquisadores alertam para a importância a longo prazo de uma dieta nutritiva repleta de frutas e vegetais na infância e na adolescência, pois existiria um risco de as consequências dos problemas de saúde mental persistirem na idade adulta. Por isso, recomendam o desenvolvimento de estratégias de saúde pública e políticas educacionais para garantir uma nutrição de boa qualidade para as crianças em idade escolar.

*Esse texto foi originalmente publicado na Agência Einstein.

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