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Mariana Del Bosco é nutricionista expert em alimentação infantil e mãe da Alice e da Isabel. Por aqui ela traz as lições da ciência e da experiência (de casa e do consultório) para a criançada comer melhor
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“Meu filho come mal! O que eu faço?”

A pergunta é frequente em muitos lares. Nossa colunista mostra o que é preciso levar em conta para lidar com as dificuldades alimentares na infância

Por Mariana Del Bosco
Atualizado em 15 set 2021, 19h03 - Publicado em 15 set 2021, 19h03

Estima-se que 25% dos pais podem vivenciar alguma dificuldade com a alimentação dos filhos. Isso inclui experiências curtas e pouco perceptíveis mas também aquelas bem desafiadoras, capazes de impactar o estado nutricional da criança e a qualidade de vida da família.

“Meu filho come mal” é uma queixa relativamente frequente nos consultórios pediátricos, e não deve ser ignorada. Afinal, pode trazer consequências importantes e evitáveis.

Ao contrário do que muitos possam pensar, o hábito alimentar não é instintivo. As experiências que as crianças têm, desde o útero até a introdução alimentar, passando pela amamentação, podem interferir na formação do paladar e na maneira com a qual elas vão se relacionar com a comida.

Experiências positivas geram registros positivos, que favorecem um bom comportamento alimentar. Na contramão, se a criança tem alguma condição que cause dor para comer, se é forçada a comer mais do que gostaria ou se é distraída e não se relaciona com a comida, temos aí um maior risco de ter uma dificuldade alimentar.

Mas, se o meu filho não come bem, o que eu posso fazer? Talvez compreender um pouco do que acontece em cada fase do desenvolvimento possa ser útil no ajuste de expectativas, já que muitas crianças apresentam uma seletividade alimentar transitória e típica da idade – e precisamos evitar forçar, distrair e compensar com outros alimentos.

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LEIA TAMBÉM: Pesquisa revela desafios com a dificuldade alimentar nas famílias brasileiras

Numa sequência cronológica, podemos apontar alguns aspectos, comuns a cada idade, que podem trazer certos desafios.

+ Lactentes: a partir dos seis meses de vida, o bebê começa a consumir alimentos sólidos. Alguns vão comer mais, outros vão comer muito pouco. Por isso é bom lembrar que até o primeiro ano de vida, o leite materno (ou a fórmula infantil, na impossibilidade de amamentar) é a principal fonte de energia e de nutrientes.

+ Pré-escolares: a partir do segundo ano de vida, há um decréscimo na velocidade de crescimento e é esperado que o apetite diminua e siga com bastante variação entre os dias. Nessa fase, a criança também tende a apresentar um comportamento seletivo – ele vai além do prato, podendo se expressar na escolha de roupas, brinquedos etc. A capacidade gástrica ainda é pequena, então é importante fracionar a dieta em café da manhã, lanche, almoço, lanche e jantar (e, às vezes, ceia).

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+ Escolares: aqui os desafios são a socialização, a autonomia e a independência para as escolhas alimentares. Muitas vezes as refeições são feitas fora de casa, mas os pais continuam sendo exemplos e responsáveis por organizar o esquema alimentar.

Se o comportamento seletivo ou restritivo persistir, é preciso buscar ajuda do pediatra, que pode encaminhar a criança para nutricionista, fonoaudiólogo e/ou terapeuta ocupacional, a depender de cada caso. As soluções envolvem de estratégias dietéticas individualizadas a suplementação.

A criança com dificuldade alimentar deve ser acolhida, sem ser pressionada a comer. Também é válido continuar a oferecer alimentos adequados, em horários regulares e pré-estabelecidos, de acordo com a rotina da família.

Todos os órgãos do sentido são importantes nas experiências alimentares. Assim, modular o tom das emoções, ao mesmo tempo em que se interfere no aspecto, na textura e no gosto da comida para ganhar familiaridade, respeitando o que é reconhecido e aceito, pode trazer resultados surpreendentes. Paciência, persistência e um bom time (em casa e fora dela) fazem a diferença.

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