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Bioma brasileiro é fonte de fibras e proteínas alternativas

A busca por alimentação mais saudável e sustentável incentiva pesquisas com novos ingredientes para a indústria e a culinária caseira

Por Goretti Tenorio
31 Maio 2022, 17h17

Um projeto do Good Food Institute (GFI/Brasil) está avaliando o potencial nutritivo de espécies típicas de biomas nacionais como cerrado e Amazônia, com direito a estudos em várias universidades.

“A partir de pesquisas com empresas do mercado plant-based, identificamos a necessidade de encontrar uma maior variedade de matérias-primas, já que a maioria dos ingredientes usados nesses produtos é importada”, contextualiza Cristiana Ambiel, gerente de ciência e tecnologia da GFI.

Levando em conta a riqueza da nossa biodiversidade, o passo seguinte foi investigar plantas nativas capazes de suprir a cadeia de produção, beneficiar as comunidades locais e estimular a preservação ambiental. A partir de uma pré-seleção de 33 espécies, foram firmados contratos de colaboração com instituições que, ao longo de um ano, desenvolverão experimentos de olho no aproveitamento completo de seis vegetais.

+Leia também: Oleaginosas, um punhado por dia para combater 8 doenças graves

“No caso da castanha-do-brasil, a extração hoje se concentra no fruto em si e no óleo. O restante é destinado à alimentação animal ou é descartado de forma inapropriada”, exemplifica Cristiana.

A ideia é voltar a atenção aos resíduos, tão ricos em proteínas, compostos bioativos e fibras, e descobrir como usá-los em hambúrgueres e nuggets vegetarianos, por exemplo.

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Alguns exemplos

Guaraná

Espécie
Paullinia cupana

Origem
Amazônia

O que se pesquisa
Uma vez que a semente do fruto carrega 40% de fibras, o foco é estudar o uso da substância em produtos industrializados.

Potencial
Com peso cultural à mesa dos brasileiros, o xarope do guaraná é famoso pelo efeito energético e empregado em bebidas e alimentos. O desafio agora é trabalhar com os resíduos descartados ao longo do processamento.

Onde é estudado
Universidade Federal do Pará (UFPA)

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Cupuaçu

Espécie
T. grandiflorum

Origem
Amazônia

O que se pesquisa
Desenvolvimento de pigmentos, aromas e fibras com capacidade de retenção de água e de óleo para uso culinário.

Potencial
Igualmente de olho na diminuição de sobras, os cientistas testam a casca do cupuaçu na elaboração de produtos plant-based. O projeto visa empregar tecnologias simples que possam ser replicáveis em pequenas comunidades.

Onde é estudado
Universidade Federal do Pará (UFPA)

Baru

Espécie
Dipteryx alata

Origem
Cerrado

O que se pesquisa
Aproveitamento dos subprodutos do processamento da amêndoa dessa oleaginosa.

Potencial
Para preservar essa espécie ameaçada em razão da extração predatória, pretende-se utilizar as matérias-primas resultantes da cadeia de processamento do fruto na geração de hambúrgueres com alto teor de proteína e fibras.

Onde é estudado
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IFGoiano) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

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Babaçu

Espécie
Attalea ssp

Origem
Amazônia

O que se pesquisa
Desenvolvimento de processo agroindustrial para transformação de resíduos dessa palmeira em ingrediente rico em fibras.

Potencial
A ideia é criar formas sustentáveis para pequenos produtores valorizarem o material subutilizado do babaçu, caso do óleo da amêndoa. A expectativa é que a extração seja usada na produção de produtos análogos a carne.

Onde é estudado
Embrapa Fortaleza

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Macaúba

Espécie
Acrocomia aculeata

Origem
Cerrado

O que se pesquisa
Aplicação dos compostos bioativos, proteínas e pigmentos provenientes do óleo da palmeira.

Potencial
Com a macaúba presente em diferentes regiões do país, sendo que a maior concentração está no cerrado, a meta é o aproveitamento total, obtendo ingredientes para o desenvolvimento de pratos como um similar de empanado de frango.

Onde é estudada
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

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