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Benefícios do açaí: o que saber sobre ele para se deliciar sem engordar

De origem amazônica, o açaí é consumido em diferentes receitas, tanto salgadas como doces. Conheça suas vantagens para a saúde e no que tomar cuidado

Por Fabiana Schiavon
5 ago 2022, 16h20

O açaí é um fruto de origem amazônica cheio de nutrientes e benefícios para a saúde. Ainda assim, suas formas de consumo podem torná-lo calórico, o que é uma desvantagem para quem não deseja engordar.

O jeito de consumi-lo muda a cada estado do Brasil e até em outros países pelo mundo. Na região amazônica, ele é parte da marmita e acompanha peixes, farinha e tapioca. Versátil, o fruto também é usado de sobremesa, com açúcar. Aliás, principalmente mais ao sul, sua polpa congelada é consumida com banana, granola e leite em pó.

“Ele é considerado uma berry brasileira, como a acerola, a jaboticaba e o jamelão”, afirma Gisele Cirilo, nutricionista da Casa de Saúde José, no Rio de Janeiro. As frutas vermelhas são ricas em antioxidantes, e com o açaí não é diferente.  

Conversamos com nutricionistas para aprender mais sobre o açaí, seus benefícios e suas formas de consumo.

+ Leia também: Dieta amazônica: uma receita brasileira para viver mais

O que é o açaí?

É um fruto da palmeira do açaí, muito comum na região da Amazônia.

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No Maranhão especificamente, também é consumido o juçaí, que vem de uma palmeira de espécie diferente, a Juçara, conhecida pela produção de palmito.

Se mais para o sul a sua polpa de açaí já vem congelada, no Norte o fruto redondinho é encontrado nas feiras. O consumo ocorre depois de ser batido em grandes liquidificadores.

“Ele pode vir em forma de suco, batido com água, ou até na forma de papa mesmo, quando é mais puro”, revela Vanessa Lourenço Costa, nutricionista e professora da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Quais são os benefícios do açaí?

Entre os muitos nurientes e substâncias do fruto, podemos destacar:

  • Betacaroteno (fonte de vitamina A)
  • Fibras
  • Vitamina E
  • Cálcio
  • Magnésio
  • Fósforo
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Além de nutritivo, o açaí é rico em gordura, mas aquela boa. “Cerca de 60% dele é composto de gordura monoinsaturada, e 13% da polinsaturada. Ambas atuam na prevenção de problemas cardiovasculares”, pontua Vanessa.

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O alimento também ajuda a relaxar as artérias, benefício aos que tem a tendência para hipertensão.

A antocianina, encontrada nas frutas vermelhas, é uma das estrelas do açaí. Essa substância que dá o pigmento arroxeado ao alimento pertence à família dos flavonoides. “É um antioxidante natural que age contra o envelhecimento precoce, no controle do colesterol ruim (LDL) e prevenção de diversas doenças”, explica a professora da UFPA.

Claro que, sozinha, ela não faz milagre. Mas tem seu papel em uma dieta balanceada.

+ Leia também: O que é o colesterol LDL? E o HDL?

Aliás, o jucaí, o parente do açaí, tem três vezes mais antocianinas, segundo Sabrina Theil, nutricionista do Rio de Janeiro.

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Em conjunto com as fibras, as antocianinas também afastam o risco de alguns tipos de câncer – principalmente o colorretal. “Ele também contribui para o próprio bom funcionamento do intestino”, pontua Vanessa.

Já a vitamina E, o cálcio e o magnésio participam da formação de ossos e são importantes para o sistema nervoso e muscular. Sabrina pontua também que as vitaminas E e C vão além de retardar o envelhecimento. “Elas fortalecem o sistema imunológico”.

açaí com peixe frito
No Pará, é comum consumir açaí combinado com peixe frito. (Foto: Vanessa Lourenço Costa/Acervo Pessoal/Divulgação)

Açaí engorda?

A fama do açaí é de ser calórico, um risco para quem está de olho no controle de peso. Seria um crime, no entanto, jogar tanta culpa em um só item, defende Gisele. “Nenhum alimento tem a capacidade de fazer alguém engordar sozinho. É preciso avaliar os hábitos de refeições como um todo e suas repetições”, completa a nutricionista.

Segundo as nutricionistas, o açaí pode, tranquilamente, estar no meio de um programa de emagrecimento. Basta variar com outros alimentos menos calóricos.

Tem mais um ponto nessa matemática: a forma de preparo. “Aqui no Norte, ele vai sempre com peixe frito e com farinha, que carregam calorias por si sós. Já em outros estados, o pessoal coloca bastante açúcar, leite condensado”, lembra Vanessa. Aí, de fato, as calorias se acumulam.

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+ Leia também: Como são calculadas as calorias de um alimento?

Em si, o açaí concentra cerca de 58 calorias – ou seja, a culpa não é mesmo só dele. Sabrina Theil oferece opções. “Para tirar proveito de seus benefícios, é bom batê-lo com uma fruta, como morango ou banana, ou misturá-lo com iogurte natural. Ainda pode polvilhar granola sem açúcar, mix de castanhas ou paçoca sem açúcar”, sugere.

Ela ainda divide aqui a tabela nutricional de algumas marcas industrializadas:

  • Açaí (Frooty) 60g: 62 kcal
  • Açaí (Mega Matte) 300ml: 451 kcal
  • Mega Açaí (Mega Matte) 500ml: 623 kcal
  • Açaí (Saúde no Copo) 300ml: 264 kcal
  • Açaí + Banana (Amazoo) 200ml: 166 kcal
  • Açaí Puro (São Braz) 100g: 130 kcal
  • Açaí com Banana e Granola (Qualitá) 60g: 85 kcal
  • Açaí com Guaraná (Frooty) 60g: 73 kcal
  • Açaí Puríssimo (Native Berries) 100g: 72 kcal
  • Açaí (Oakberry) 60g: 55 kcal

*Fonte Fatsecret Brasil

E a doença de Chagas?

A doença de Chagas (ou Tripanossomíase americana) é a infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, transmitido pelo inseto chamado barbeiro.

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A contaminação do açaí ocorre na colheita, armazenamento ou conservação. Hoje, há processos bem disseminados para evitar esse contato. Para matar esse inimigo, é preciso dar um choque térmico no fruto, com água quente e depois gelada.

“Como a maioria dos estados recebe o açaí industrializado, que já passou por diversos processos, é difícil ocorrer essa contaminação”, conta Vanessa, professora da UFPA.

Mas no Pará, um grande consumidor de açaí, a situação é diferente (e mais preocupante), porque as pessoas colhem direto do pé ou preparam a polpa nas próprias feiras. “A fiscalização cresceu e quem vende sabe que é preciso lavar o fruto, ferver e depois jogar na água gelada. Quem compra deve observar se isso foi feito”, pontua a nutricionista paraense.

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