Um em cada cinco pets pega o coronavírus
E quem passa são os donos. A boa notícia é que eles não adoecem
Muito se discute sobre o contágio de animais com o coronavírus desde o início da pandemia. E todas as pesquisas apontam para danos baixíssimos aos bichos.
“O vírus não consegue se replicar e se desenvolver como nos humanos”, explica o virologista Paulo Eduardo Brandão, da Universidade de São Paulo (USP).
Mas um novo estudo, conduzido pela Universidade de Utrecht, na Holanda, revela que a contaminação dos pets é mais alta do que se pensava. Após testar cães e gatos de 196 lares com pessoas infectadas, os cientistas encontraram animais com anticorpos ou o vírus ativo em 20% das casas.
Será que eles poderiam servir de reservatório do patógeno? “Isso é bem improvável de acontecer e até agora não há evidências”, diz Brandão. Por precaução, pede-se para ficar afastado dos pets em caso de infecção confirmada.
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Dono e bicho dodóis
Algumas doenças são transmitidas por pets
+ Raiva
O vírus pega carona na saliva de um animal contaminado. Tem que vacinar o bichinho anualmente.
+ Doença de Lyme
Causada pela mordida de um carrapato. Manter os pets limpos e livres deles ajuda a evitar.
+ Infecção bacteriana
O homem contrai a Capnocytophaga canimorsus por lambidas e arranhões. Atenção!
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Coronavírus caninos?
Na verdade, praticamente toda espécie de mamífero e de ave possui um coronavírus capaz de infectá-la. Especificamente em cães, existem dois: o CCoV e o CRCoV. Se o bicho estiver bem de saúde, os sintomas são leves: diarreia e vômito para o primeiro; tosse e espirro com secreção para o segundo. Cabe pontuar que os humanos não são contaminados por esses vírus. E já existem vacinas contra eles.