10 alimentos proibidos para cachorros
Descubra quais comidas aparentemente inofensivas são inadequadas para cães e os riscos que trazem para a saúde dos pets
Os cães são conhecidos como os melhores amigos dos humanos, e os bichinhos adoram estar por perto em todos os momentos, principalmente na hora das refeições. Os pets ficam atentos para abocanhar qualquer pedaço de comida que caia no chão durante o almoço ou o jantar, e não é raro que os tutores acabem cedendo e ofereçam parte do que estão comendo para eles.
Mas nem tudo que comemos pode ser ingerido pelos bichinhos. Algumas opções aparentam ser inofensivas quando, na verdade, escondem sérios perigos para a saúde dos pets – a ingestão pode causar efeitos nos cães que vão desde o desconforto intestinal até a morte.
10 alimentos proibidos para cachorros
Ainda não se sabe com precisão qual mecanismo é responsável pela intoxicação de pets a partir do consumo de abacate, mas acredita-se que a toxina fúngica chamada persina seja responsável por desencadear um acúmulo de líquido nos tecidos de vários órgãos, especialmente nos pulmões. A alta quantidade de gordura da fruta também pode contribuir para a pancreatite.
Sinais de intoxicação em cães costumam se manifestar em até 24 horas após o consumo: os bichinhos podem apresentar dificuldades para respirar, inchaços no corpo, vômitos e diarreia. Essas complicações também podem levar à morte.
Chocolate
Chocolates à base de cacau costumam apresentar altas doses de metilxantina teobromina e cafeína, substâncias extremamente tóxicas para os pets. Essas substâncias também estão presentes em bebidas à base de Cola e cafés.
As metilxantinas provocam uma reação em cadeia, gerando alta produção de cálcio dentro das células, o que leva a um aumento de contrações musculares no corpo e no coração dos bichinhos.
Os sinais de mal-estar aparecem em até 12 horas após a ingestão do chocolate: diarreia ou vômitos, ritmo cardíaco alterado, hiperatividade, produção de urina em excesso, tremores e fraqueza. Os efeitos podem ser fatais.
Uva
Existem algumas hipóteses para explicar porque o consumo de uvas – frescas ou passas – por cães é tão tóxico. Uma possibilidade é a intolerância aos taninos, substâncias naturais que, ao serem ingeridas, se combinam com proteínas gerando precipitados, compostos em forma sólida que geralmente têm uma ação adstringente no organismo.
Essa reação pode desencadear problemas digestivos e até falência renal. Outras possibilidades são a contaminação das frutas com pesticidas e metais pesados, assim como a presença de açúcar nas uvas. No entanto, os efeitos do consumo nos cães são bastante variáveis, indo desde aqueles que não apresentaram sintomas até alguns que foram a óbito.
Quando a intoxicação acontece, geralmente se manifesta em até 24 horas após a ingestão da fruta através de vômitos, diarreia, tremores e letargia.
Alho e cebola
Plantas do gênero Allium, como a cebola, o alho, a cebolinha e o alho-poró possuem componentes tóxicos como alicinas e ajoenes, que são facilmente absorvidos pelo organismo dos cães. Essas substâncias são capazes de oxidar parte dos glóbulos vermelhos, interrompendo a oxigenação do sangue no organismo no pet.
Os sinais de envenenamento às vezes levam dias para aparecer, e geralmente incluem letargia, fraqueza e coloração laranja ou vermelha na urina. Problemas digestivos, taquicardia, palidez nas mucosas, desidratação e anemia também podem ocorrer.
Maçãs, cerejas, pêras e pêssegos
O problema com essas frutas, que compõem o gênero Prunus, está nas sementes e caroços, que contêm um composto denominado amigdalina. Quando a amigdalina passa pelo processo de digestão, libera ácido cianídrico, mais conhecido como cianeto, uma substância altamente tóxica e mortal.
O mesmo efeito serve também para humanos, no entanto, ao contrário dos animais, não costumamos consumir os caroços das frutas – e, proporcionalmente, seria necessário ingerir uma quantidade bem maior de caroços para provocar intoxicação em pessoas. Em porções pequenas e sem o caroço, maçãs e pêras podem ser consumidas com muita precaução pelos cães.
Nozes de macadâmia
Embora o consumo de nozes de macadâmia não seja tão disseminado, este alimento está presente em diversas bolachas, cookies e manteigas processadas. Mesmo as menores doses podem ser tóxicas para cães, mas o motivo exato da toxicidade ainda é desconhecido.e
Acredita-se que o processo de intoxicação envolva compostos presentes no fruto, contaminação durante o processamento ou interação química com outros componentes do alimento. A reação alérgica inicialmente provoca fraqueza e dificuldades motoras, que podem evoluir para inchaços no corpo do pet, hipertermia, taquicardia e pancreatite.
Leite
Quando os cães deixam de ser filhotes, a produção da enzima lactase – responsável pela digestão da lactose – diminui drasticamente. Por isso, os cães costumam ser intolerantes à lactose, cuja ingestão pode provocar diarreia. O efeito costuma aparecer quando os bichinhos bebem leite puro. Por outro lado, alimentos como o queijo e o iogurte, que passam por processos de fermentação, costumam ser mais digeríveis.
Ovos crus
As claras dos ovos crus contêm substâncias inibidoras da tripsina, uma enzima essencial para a digestão. Os ovos crus também contém avidina, uma proteína que auxilia na absorção de certas vitaminas, sem as quais os pets podem sofrer vários problemas nutritivos, neurológicos e de pele. Quando bem cozidos, os ovos não apresentam riscos à saúde dos cães.
Ameixa, morango e pães
O xilitol é um tipo de açúcar que pode ser obtido de forma natural nas ameixas, morangos e framboesas. Em escala industrial, tem sido utilizado como substituto do açúcar do tipo sacarose em muitos produtos, como em balas e gomas de mascar, assim como na fabricação de pães.
No entanto, os cães são bastante sensíveis ao xilitol, pois ele provoca uma reação de secreção em abundância da insulina e uma queda nos níveis de potássio no organismo. Cerca de 30 minutos após o pico de insulina, os cães pode vir a apresentar um quadro de hipoglicemia, causando vômito, perda de movimentos e fraqueza.
Bebidas alcoólicas
Os relatos de cães que ingeriram bebidas alcoólicas oferecidas como brincadeira são de graves intoxicações. O organismo dos animais não é capaz de tolerar qualquer tipo de álcool, mesmo em pequenas quantidades.
O etanol, além de ser absorvido rapidamente pelo organismo, gera uma depressão do sistema nervoso que pode levar à diminuição da frequência respiratória e até a paradas cardíacas. O etanol também pode ser encontrado em frutas podres que, da mesma forma, não devem ser ingeridas pelos cães.
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O que fazer em casos de intoxicação dos bichinhos?
A primeira medida é atuar de forma ativa na prevenção desses casos, fazendo com que os alimentos sejam armazenados fora do alcance dos pets e, igualmente, evitando oferecê-los aos bichinhos. A ração e outros alimentos seguros disponíveis no mercado são mais que suficientes para garantir a nutrição dos cachorros.
Em casos de acidentes ou suspeita de ingestão de substâncias potencialmente tóxicas, um veterinário deve ser contatado imediatamente e com urgência. Isto porque, na maioria dos casos, podem ser necessárias medidas de descontaminação, como indução de vômito ou lavagem gástrica, além de suporte com fluidoterapia.
Apenas veterinários podem avaliar a necessidade desses procedimentos e somente pessoas treinadas devem executá-las.