Restringir acesso a pesticidas e armas de fogo previne suicídios
Controle sobre meios potencialmente perigosos pode evitar que sejam usados para autoagressão
Se o continente americano proibisse ou limitasse mais rigidamente a aquisição de agrotóxicos e armamentos, seria possível evitar mais de 123 mil casos de suicídio em uma década.
A estimativa é de um estudo canadense que avaliou como políticas restritivas sobre meios de autolesão podem resultar na prevenção de mortes dessa forma. O artigo foi publicado no prestigiado periódico The Lancet Regional Health – Americas.
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Em países como El Salvador, Nicarágua, Suriname e Guiana, 40% dos suicídios se dão com pesticidas. Nos Estados Unidos, taxa semelhante é vista com armas de fogo. Segundo a pesquisa, a restrição a esses recursos diminuiria significativamente as fatalidades.
“O suicídio é, sim, prevenível, e cada vida perdida é algo devastador”, afirma o epidemiologista Anselm Hennis. O Caribe seria a região mais beneficiada, com uma redução de mais de 30% dos óbitos.
Rede de proteção
Apoio psicológico, campanhas e outras ações para combater o suicídio
Serviços à mão
A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) é o braço do SUS para atender pessoas em sofrimento psíquico.
Setembro Amarelo
“A campanha ajuda muita gente a encontrar tratamento”, diz Karen Scavacini, do Instituto Vita Alere.
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Voluntariado
A associação civil Centro de Valorização da Vida (CVV) dá suporte gratuito pelo telefone 188, pelo site oficial e por postos de atendimento espalhados por 20 estados brasileiros.
Prevenção em sala
Escolas devem abordar o tema e implementar programas de combate ao bullying.
Digital blindado
“Usuários precisam conhecer canais de denúncia de ataques digitais”, recomenda a psicóloga.
Política nacional
Assinada em 2019, lei de prevenção da automutilação e do suicídio ainda precisa ser ampliada.
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