Animes ajudam a pensar sobre saúde mental
Livro usa desenhos japoneses para provocar reflexões sobre dilemas emocionais e autoconhecimento
As animações japonesas são amadas no Brasil: estamos no top 5 dos maiores consumidores de produções do gênero.
Além do trabalho artístico e narrativo, chama a atenção a carga emocional de boa parte das histórias, muitas delas voltadas aos mais jovens.
Tanto que professores da PUC-SP já haviam compilado análises de algumas obras na coletânea “Mangás, Animes e a Psicologia” (Catavento).
De olho nessa vocação, a produtora de conteúdo e estudante de psicologia Alice Guedes acaba de lançar o livro-caixinha “Puxa Conversa Anime” (Matrix), que reúne 100 questões sobre autoconhecimento e gerenciamento emocional para fãs matutarem, conversarem e conectarem suas vivências.
“Essas histórias são pontes para os jovens refletirem sobre situações nem sempre discutidas em casa, como luto, bullying e medos”, diz Alice.
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Animes que falam de saúde mental
Dicas de produções japonesas que abraçam o tema
Neon Genesis Evangelion
Um clássico: se passa em um futuro distópico com robôs gigantes, e foi um dos primeiros a abordar a depressão.
Naruto
Protagonista renegado e com passado trágico, mas com amizades, coragem e lealdade, consegue dar a volta por cima e ser respeitado.
Orange
Adolescente volta no tempo para impedir que um colega de sala, que era seu par, cometa suicídio. Forte, reflexivo, mas com final feliz.
Ghost in the Shell
Também num contexto futurista e robótico, memórias e outros fatores que formam a identidade humana estão no centro da discussão.
A Voz do Silêncio
Uma criança muda sofre bullying. Anos depois, ela reencontra o agressor e o ajuda a lidar com suas próprias questões psicológicas.
Steins; Gate
Quando um cientista assume seu micro–ondas como uma máquina do tempo, a fronteira entre sanidade e loucura se esgarça.
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Fórmula de sucesso
Animes populares como Dragon Ball e One Piece pregam resiliência, persistência e lealdade.
Eles são originários da revista japonesa Weekly Shonen Jump, que, para criar seu roteiro de sucesso, fez uma pesquisa pedindo que jovens leitores nomeassem a palavra que mais aquecia seu coração, uma coisa que eles achavam importante e o que os deixava felizes.
As respostas foram “amizade”, “empenho” e “vitória”, e isso passou a pautar as histórias.
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