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Vem aí um colchão ideal para quem tem a fibromialgia

Modelo terapêutico melhora sono e qualidade de vida de pessoas com a síndrome dolorosa

Por André Bernardo
Atualizado em 25 abr 2023, 11h29 - Publicado em 19 dez 2020, 12h10
Ilustração representa colchão e pontos de distribuição de carga sobre ele.
Fisioterapeuta está desenvolvendo colchão para melhorar o sono de quem tem fibromialgia.  (Ilustrações: Eduardo Pignata/SAÚDE é Vital)
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Só quem sofre de fibromialgia, condição que afeta 10% da população, sabe quanto é difícil dormir à noite. Em geral, o indivíduo acorda tão ou mais cansado do que estava no dia anterior. Foi pensando neles que Jorge Alves Júnior, coordenador da Clínica de Fisioterapia da Universidade Anhanguera de Taubaté (SP), desenvolveu um colchão especial.

“A estrutura é personalizada para o paciente. Feita sob medida, considera que o quadril é menor e mais pesado que o tronco e os ombros. Isso interfere na densidade da espuma”, explica.

Embora seja projetado para portadores de fibromialgia, o colchão terapêutico pode melhorar o sono de pessoas com outras dores na coluna ou no quadril. “Temos relatos de um paciente que, quando estava internado, disse sentir mais falta do colchão que da família”, diz o físio.

As vantagens do colchão

Em fase final de testes, o colchão foi desenvolvido em pesquisas na universidade paulista que englobam hoje 88 pessoas com a condição. O fisioterapeuta Jorge Alves Júnior busca uma solução para pacientes como a própria mãe, que sofre há 25 anos de fibromialgia.

São dois modelos: para solteiro ou casal. No segundo caso, a densidade da espuma é diferente nos dois lados (de acordo com o peso). O colchão é feito sob medida para atender às particularidades ortopédicas. Os testes feitos até indicam melhora no padrão de sono.

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O que é a fibromialgia

A condição se caracteriza por dor crônica (que dura mais de três meses), intensa e generalizada. Porém, o que mais intriga os médicos é que, no local dos incômodos, não há sinais de inflamação — os portadores teriam uma falha no sistema de percepção da dor. O tratamento mira o alívio dos sintomas e o resgate do bem-estar. “A fibromialgia não mata, mas tira a vontade de viver ”, alerta Alves Júnior.

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