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Vacina da gripe: o que muda em 2018

A vacinação é a estratégia mais importante para evitar novos surtos dessa doença. Veja as principais modificações para a nova temporada

Por André Biernath
Atualizado em 4 abr 2019, 18h36 - Publicado em 3 abr 2018, 17h49
vacina gripe 2018
Existem oito grupos que fazem parte do público-alvo da campanha de vacinação contra a gripe (Foto: GI/Getty Images)
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Anote na agenda: no dia 23 de abril de 2018 começa a Campanha Nacional de Vacinação contra o Influenza, estratégia do Ministério da Saúde para diminuir o impacto da gripe em todo o país. O Dia D, considerado a data mais importante de mobilização nacional, está marcado para 12 de maio, um sábado.

A ideia era iniciar os trabalhos uma semana antes, no dia 16 de abril. Mas algumas dificuldades de fabricação e logística dificultaram a distribuição da vacina. Apesar do atraso, o ministério aposta que a troca de datas não trará problemas, uma vez que a campanha se iniciará ainda no outono, antes de o inverno começar, quando o número de atingidos sobe pra valer.

Se você faz parte dos grupos de risco para complicações da doença (veja mais abaixo), sua participação é primordial. A gripe é uma doença séria, que mata mais de 650 mil pessoas todos os anos, de acordo com um recente levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS). Além de causar aqueles sintomas clássicos — febre alta, nariz entupido, cansaço e dor no corpo —, ela está por trás de complicações como pneumonia e infarto.

Abaixo, resumimos as principais recomendações mudanças que foram implementadas para a vacinação de 2018. Confira os detalhes e, se for o caso, programe sua visita ao posto de saúde mais próximo de sua casa.

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O que tem dentro da vacina

Todos os anos, os subtipos dos vírus da gripe que serão incluídos no imunizante mudam. Isso porque os diferentes causadores dessa infecção circulam pelo mundo e sofrem mutações com frequência.

Quem define a composição da vacina é a própria OMS, que reúne e analisa as informações enviadas por centros de vigilância de todos os países. Aqui no Brasil, por exemplo, temos três estações-sentinela: o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, a Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, e o Instituto Evandro Chagas, em Belém do Pará. Essas instituições fazem exames em indivíduos infectados para descobrir quais as cepas virais que mais circulam em cada região.

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A partir desses dados, os experts batem o martelo sobre a composição da vacina e fazem o anúncio no mês de setembro para o Hemisfério Sul e em fevereiro para o Hemisfério Norte. Em 2018, os tipos de vírus incluídos em nossa campanha são o H1N1, o H3N2 e o influenza do tipo B Yamagata.

Quem deve tomar

Em comparação com 2017, não teremos nenhuma alteração em relação ao público que deve levar a picada. A escolha desses grupos se deve ao fato de eles serem mais vulneráveis aos efeitos da gripe e sofrerem mais com seus sintomas e desdobramentos.

Além disso, parte desse pessoal possui contato diário com outras pessoas infectadas, o que aumenta o risco de transmissão. A lista inclui:

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  • Crianças de 6 meses a 5 anos
  • Pessoas com mais de 60 anos
  • Gestantes
  • Mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias
  • Profissionais da saúde
  • Professores da rede pública e particular
  • População indígena
  • Portadores de doenças crônicas, como diabetes, asma e artrite reumatoide
  • Indivíduos imunossuprimidos, como pacientes com câncer que fazem quimioterapia e radioterapia
  • Portadores de trissomias, como as síndromes de Down e de Klinefelter
  • Pessoas privadas de liberdade
  • Adolescentes internados em instituições socioeducativas, como a Fundação Casa

E se eu não faço parte desses grupos?

Nesses casos, é possível tomar a vacina numa clínica particular. O preço varia de 100 a 200 reais.

Ao contrário da rede pública, que distribui a versão trivalente do imunizante, esses lugares geralmente disponibilizam a tetravalente. A diferença está na presença de um quarto tipo de vírus na composição, o que eleva o nível de proteção. Além das cepas H1N1, H3N2 e do tipo B Yamagata, ele resguarda contra o tipo B Victoria.

Contraindicações

Geralmente, a vacina não costuma dar reações. Em casos raros, a pessoa pode experimentar uma pequena alergia na pele, no local da aplicação. Não caia naquela ladainha de que o imunizante provoca gripe: como ele é feito com o vírus inativado, não há nenhum risco de ele causar qualquer chateação.

Mas e aquelas histórias de gente que tomou a picada e logo depois começou a espirrar e precisou ficar de cama? Há duas explicações. Em primeiro lugar, o sistema imune demora alguns dias para contrapor o influenza — e pode ser que o sujeito tenha entrado em contato com o vírus no ambiente nesse meio tempo.

Segundo, a eficácia da vacina contra o influenza chega ao máximo em 70%. Sim, há poucos casos em que ela não surte efeito. Mesmo assim, é importante porque ajuda a evitar muitas das complicações pós-gripe, como a pneumonia.

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E um detalhe: até mesmo pessoas alérgicas ao ovo agora podem tomar a vacina da gripe!

Tomei a vacina ano passado. Preciso repetir a dose?

Sem dúvida nenhuma! A taxa de proteção da vacina começa a cair após alguns meses. Os vírus da gripe têm uma alta capacidade de mutação. Logo, as cepas que estão circulando agora são bem diferentes daquelas que aterrorizaram o inverno passado. Portanto, é preciso se resguardar novamente para não penar com espirros, prostração, febre e outros sintomas.

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