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Vacina da gripe: o que muda em 2021

A campanha de vacinação contra a gripe acontecerá junto com a da Covid-19. Saiba quem deve tomar e quais são os cuidados necessários em um ano de pandemia

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 12 abr 2021, 14h57 - Publicado em 17 mar 2021, 17h30

Além da Covid-19, as ações de imunização para outras infecções continuam no Brasil. No dia 12 de abril de 2021, começa a 23ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe — e há inclusive orientações específica por causa do coronavírus, como falaremos mais adiante. Ela deve se estender até o 9 de julho.

Conforme definido no informe técnico do Ministério da Saúde, o objetivo é vacinar pelo menos 90% do público-alvo, que totaliza mais de 79,7 milhões de pessoas, até 9 de julho de 2021. Em 2020, a ação chegou superar essa meta, atingindo 95,7% do grupo prioritário.

Veja abaixo o que você precisa saber sobre a campanha de vacinação da gripe de 2021:

Quem deve tomar a vacina da gripe?

No ano passado, adultos de 55 a 59 anos foram incluídos entre o público-alvo. Mas, em 2021, eles deixaram de integrar os grupos prioritários. As doses serão oferecidas para idosos com mais de 60 anos e a outras turmas. Confira a lista completa de quem que pode se vacinar gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS):

  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade
  • Gestantes e puérperas
  • Povos indígenas
  • Trabalhadores da saúde
  • Idosos com 60 anos ou mais
  • Professores das escolas públicas e privadas
  • Indivíduos com deficiência permanente
  • Profissionais das forças de segurança e salvamento (bombeiros, policiais…)
  • Forças armadas
  • Caminhoneiros
  • Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário
  • Trabalhadores portuários
  • Funcionários do sistema prisional
  • Jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas
  • População privada de liberdade
  • Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (leia mais abaixo)

Veja quais doenças crônicas permitem a vacinação pelo SUS:

  • Diabetes
  • Obesidade
  • Doenças respiratórias crônicas (asma, DPOC, fibrose cística…)
  • Doenças cardíacas crônicas (hipertensão, insuficiência cardíaca…)
  • Doenças hepáticas crônicas (hepatites, cirrose…)
  • Doenças neurológicas crônicas (AVC, paralisia cerebral, esclerose múltipla…)
  • Imunossupressão (pessoas com o sistema imunológico prejudicado por enfermidades ou medicamentos)
  • Indivíduos transplantados
  • Portadores de trissomias (Síndrome de Down, Síndrome de Klinefelter…)

Em campanhas anteriores, as vacinas que sobraram foram distribuídas para o resto da população. Fique de olho no noticiário.

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A aplicação em geral é feita com só uma dose. Porém, para as crianças, serão duas picadas, com intervalo mínimo de quatro semanas. Se essa for a primeira imunização dos pequenos, as duas são dadas juntas.

Quais as fases da campanha e em que ordem a vacina será distribuída?

Todo esse pessoal será atendido de forma escalonada. A vacinação contra a gripe será dividida em três etapas, com datas recomendadas pelo Ministério da Saúde. Cidades e estados têm liberdade para fazer ajustes, de acordo com a situação local.

  1. A partir do dia 12 de abril: crianças, gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores de saúde
  2. A partir do dia 11 de maio: idosos com 60 anos ou mais e professores
  3. Do dia 9 de junho e até o 9 de julho: pessoas com comorbidades ou deficiências permanentes, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário, trabalhadores portuários, membros das forças de segurança e do exército, funcionários do sistema prisional, jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade

Haverá ainda um Dia D — um sábado em que postos de saúde e vários outros locais (shoppings, parques, estações de metrô etc) aplicam a vacina da gripe, para turbinar a campanha de imunização. Essa data não foi estabelecida: o informe técnico afirma que estados e municípios têm liberdade para defini-la de acordo com seus critérios.

E quem não faz parte do público-alvo?

O governo prioriza certos grupos por uma questão financeira. Mas pessoas fora dessas turmas também se beneficiam da vacinação contra a gripe. Em um sistema sobrecarregado pela Covid-19, proteger-se do vírus Influenza evita idas desnecessárias ao hospital. Fora que essa doença pode ser letal.

Se for possível, recomenda-se buscar a injeção em clínicas privadas.

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O que vai dentro da vacina?

Todo ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) investiga quais são os tipos de vírus Influenza que estão circulando pelo mundo para definir as cepas que a vacina daquele período vai combater. É por isso que o imunizante precisa ser dado anualmente.

São produzidas uma versão para o hemisfério Norte do planeta e outra para o Sul – onde está o Brasil. As cepas contempladas na vacina trivalente da gripe de 2021 do nosso país são:

● A/Victoria/2570/2019 (H1N1) pdm09;
● A/Hong Kong/2671/2019 (H3N2);
● B/Washington/02/2019 (linhagem B/Victoria)

Esse é o imunizante disponível na rede pública. Já nas clínicas particulares, também dá para encontrar a vacina tetravalente. Além de resguardar contra as três cepas citadas acima, ele ainda evita a do tipo B/Phuket/3073/2013 (B/Phuket/3073/2013, tipo selvagem).

A vacina tem contraindicações?

As únicas pessoas que não devem recebê-la são bebês menores de 6 meses e indivíduos com histórico de choque anafilático após doses anteriores.

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Recomenda-se que quem estiver com uma infecção que cause febre, por mais leve que seja, espere-a passar para receber a injeção. Isso para que uma eventual febre baixa disparada pela vacina não seja confundida com a doença.

Mas que fique claro: as doses não podem causar a gripe, porque são produzidas a partir de vírus inativados. Suas reações adversas, quando surgem, são leves e muito bem toleradas.

Caso você tenha desenvolvido síndrome de Guillain-Barré até 30 dias depois da vacinação do ano passado, procure um médico para ele avaliar seu quadro e verificar se é melhor levar a picada ou não.

Ah, e quem possui alergia a ovo pode ir ao posto de saúde normalmente. O Ministério da Saúde orienta apenas que, se sua reação alérgica for muito intensa a esse alimento, a administração ocorra em ambiente adequado para tratar possíveis manifestações alérgicas graves.

Posso tomar a vacina se eu já peguei o coronavírus?

Não existe nenhuma evidência de que o Sars-CoV-2 influencie na eficácia ou na segurança da vacina contra a gripe. Se você já se curou da Covid-19, pode se imunizar tranquilamente.

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Agora, o ideal é que pessoas que estejam infectadas com o coronavírus naquele momento (ou com suspeita) aguardem a recuperação clínica total — com pelo menos quatro semanas de distância do início dos sintomas — antes de buscar a dose contra o vírus Influenza.

Isso para não haver confusão entre os sintomas da Covid-19 e alguma reação da vacina. E também para proteger pessoas que estão aplicando e recebendo as doses.

Posso tomar a vacina da gripe junto com a da Covid-19?

Devido à falta de estudos investigando os efeitos das interações entre os dois imunizantes, por ora o Ministério da Saúde sugere que não sejam aplicados simultaneamente.

A orientação do governo é que, caso a data de receber as duas vacinas coincida, a do Sars-CoV-2 seja priorizada e o paciente agende o dia de receber a da gripe com um intervalo mínimo de duas semanas. Esse agendamento ficará por conta da gestão de cada cidade.

Por outro lado, não há qualquer restrição em receber a vacina da gripe junto a outros imunizantes que não o da Covid-19.

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Quais os cuidados na hora de se vacinar

Como estamos passando pela pandemia, não dá para se descuidar: não se esqueça da máscara, fique distante dos outros na fila e higienize as mãos constantemente.

Em 2020, diversas Unidades Básicas de Saúde (UBS) organizaram formas de vacinar a população com o mínimo de contato possível, através de um sistema drive-thru – a aplicação era feita dentro do carro do paciente – ou usando um local à parte, fora do posto de saúde.

Neste ano, o Ministério da Saúde pediu às secretarias estaduais e municipais que disponibilizassem um sistema de agendamento de horários para evitar a formação de aglomerações.

Outras formas de prevenir a gripe

A vacina é a forma mais importante de se proteger. Entretanto, dá para reforçar essa defesa aderindo a algumas medidas:

● Higienize as mãos com água e sabão ou álcool gel
● Cubra a boca e o nariz com o braço quando espirrar
● Não compartilhe objetos de uso pessoal
● Evite locais fechados e sem ventilação

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