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Tudo o que você precisa saber sobre asma

Entenda os motivos por trás da doença, seus sintomas e, claro, as formas de combate

Por Chloé Pinheiro e Goretti Tenório
Atualizado em 11 fev 2019, 16h05 - Publicado em 21 jun 2018, 13h07
dia nacional de combate a asma
A doença atinge os brônquios e pode ser provocada por reações alérgicas (Ilustração: André Moscatelli/SAÚDE é Vital)
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A asma é uma doença inflamatória dos brônquios que, em geral, começa na infância. Em condições normais, esses pequenos tubos localizados nos pulmões estão desobstruídos e são responsáveis por conduzir o ar aos alvéolos pulmonares.

Na maioria das vezes, a crise asmática é provocada por reações alérgicas a elementos como pelos de animais, mofo, ácaro e fumaça. Esse processo tem a participação de uma proteína chamada imunoglobulina E ou IgE. Ela reage à presença dos agentes estranhos liberando substâncias como a histamina, que aperta os brônquios e faz a musculatura se contrair. Para dificultar a passagem do ar ainda mais, substâncias inflamatórias provocam uma superprodução de muco.

Nem sempre, porém, o fenômeno é alérgico. Mudanças climáticas, infecções virais e problemas emocionais também podem disparar a asma. Exercícios físicos muito intensos são outro perigo para quem tem tendência a sofrer desse mal. Isso porque, com a frequência respiratória muito acelerada, o ar chega menos úmido aos pulmões, provocando a falta de ar.

Embora seja uma condição que se carrega pela vida toda, os sintomas da asma tendem a ficar menos frequentes na vida adulta.

Sinais e sintomas

– Tosse
– Chiado no peito
– Falta de ar
– Respiração ofegante
– Nas crises mais graves, taquicardia, suor, dor no peito

Fatores de risco

Cigarro
– Doenças virais
Poluição
– Mudanças bruscas de temperatura
– Ar seco
– Esforço físico
Estresse
– Ácaros
– Predisposição genética

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A prevenção

Como a maioria das crises de asma tem um pano de fundo alérgico, pessoas com tendência a sofrer dessa doença crônica precisam de um cuidado especial para manter o ambiente livre de agentes irritantes.

Tapetes, carpetes, cortinas e bichos de pelúcia são focos de poeira e, por isso, devem ser evitados na decoração de casa.

A superfície de móveis e os cantinhos, além do piso, precisam ser limpos com pano úmido para não permitir o acúmulo de pó. Pelos de animais de estimação também costumam ser estopim de crises asmáticas.

Fumaça de cigarro, produtos de limpeza ou perfumes fortes são outros gatilhos das crises. Alimentos industrializados, por causa de substâncias conservantes, entram na lista de agentes capazes de provocar a dificuldade respiratória.

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Manter as janelas abertas para que o ar entre e ventile o ambiente é providência bem-vinda para proteger as pessoas suscetíveis ao problema.

O diagnóstico

A análise do histórico de dificuldades respiratórias é um fio condutor importante para flagrar a asma. Por isso, o médico deve ser informado de casos da doença na família e de pormenores das crises: a frequência, o horário em que elas ocorrem com mais frequência, se fumaça ou a ingestão de algum alimento estão relacionadas ao aparecimento de sintomas como tosse e chiado.

Raios X do tórax, para descartar outras doenças pulmonares, e testes de alergia são procedimentos auxiliares na investigação. O especialista se cercará ainda de exames específicos, caso da espirometria, que mede a quantidade de ar que uma pessoa consegue aspirar e expirar. A técnica – usada não apenas para comprovar a asma, mas para classificar a gravidade do quadro infeccioso – é realizada com um aparelho conectado ao paciente por meio de um bocal.

Índices de entrada de ar muito baixos são evidência de estreitamento dos brônquios e confirmam a asma. O resultado da espirometria, contudo, pode ser normal se o procedimento for realizado num momento em que o asmático não está sob ataque da doença. Por isso, se a dúvida persistir, o médico poderá solicitar uma segunda prova, a chamada broncoprovocação. Neste caso, a pessoa repete a espirometria depois de inalar um produto capaz de provocar broncoconstrição apenas em quem sofre de asma.

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O tratamento

Seja a pessoa alérgica ou não, uma das primeiras medidas é manter a vítima longe dos fatores de risco. É importante também seguir à risca as recomendações e prescrições do médico. Isso porque a doença requer cuidado contínuo. Quando não recebe a devida atenção, ela pode levar à hospitalização e até à morte.

O tipo de medicamento, a dosagem e o tempo que ele deve ser usado varia de acordo com o paciente e a gravidade do quadro. Nos casos leves, para o alívio dos sintomas, a recomendação é usar o broncodilatador – que os especialistas chamam de beta2-agonista – que só deve ser recrutado na hora da crise para relaxar os músculos contraídos. O remédio é administrado por nebulização ou pelas conhecidas bombinhas e, em geral, são feitas até três inalações em um período de 60 minutos.

Nas manifestações moderadas e severas, além de estabelecer um plano de ação para as crises, o especialista costuma prescrever um tratamento preventivo, à base de anti-inflamatórios com corticoides.

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