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Terror noturno: especialista explica o distúrbio que assusta crianças e pais

Despertares abruptos, gritos e confusão: saiba o que é normal, quando se preocupar e como buscar ajuda

Por Erika Cristine Treptow, pneumologista, via Brazil Health*
30 abr 2025, 16h09
terror-noturno
Choro durante a noite nem sempre é sinal de terror noturno (Ray Kachatorian/Getty Images)
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O terror noturno é um tipo de parassonia, distúrbio do sono caracterizado por comportamentos anormais durante o período em que estamos dormindo.

Esse distúrbio ocorre no sono NREM (non-rapid eye movement), que predomina na primeira metade da noite. É chamado de distúrbio do despertar, pois acontece em períodos de transição entre o sono e a vigília. Outros membros da categoria são o sonambulismo e o despertar confusional.

Como se manifesta o terror noturno

O terror noturno se manifesta como um despertar súbito e dramático do sono, frequentemente acompanhado de gritos e choro intenso. A pessoa senta-se na cama com expressão facial de medo ou terror.

A duração é curta, de poucos minutos, mas o episódio pode ser desesperador para quem o presencia.

Podem ocorrer manifestações autonômicas, como taquicardia, aumento da frequência respiratória, rubor na pele e dilatação das pupilas.

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Por ser um despertar parcial, muitas vezes o indivíduo não é responsivo durante o evento e, normalmente, não se recorda do que aconteceu no dia seguinte.

Causas e gatilhos do problema

A etiologia do terror noturno não está bem estabelecida, embora pareça haver um componente genético, com maior ocorrência em famílias onde outros membros também apresentam distúrbios do despertar, como o sonambulismo.

Diversos fatores podem desencadear o terror noturno, especialmente estressores. Privação de sono, horários de sono irregulares e redução das horas de sono recomendadas para a idade estão entre os principais.

Além disso, situações de medo, estresse e ansiedade podem contribuir para a ocorrência dos episódios. Diante do terror noturno, é importante investigar possíveis estressores que a criança possa não ter manifestado claramente.

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Outros fatores como febre, infecções, distúrbios respiratórios, distúrbios do sono e dor crônica também podem desencadear episódios.

Quem é mais afetado e quando buscar ajuda

O terror noturno é mais frequente em crianças, especialmente entre 3 e 7 anos. Embora raro, também pode ocorrer em adultos.

É importante buscar ajuda especializada quando:

  • Os episódios se tornam frequentes (mais de uma vez por semana)
  • Há risco de lesão durante os episódios
  • Há impacto significativo na vida da criança ou dos cuidadores
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De forma geral, o terror noturno é autolimitado e tende a desaparecer com o passar dos anos, sem deixar consequências.

Entretanto, é fundamental considerar que outras condições podem se manifestar de forma semelhante, como epilepsia, narcolepsia, distúrbios do movimento e pesadelos. Nestes casos, a avaliação de um profissional habilitado é essencial para o diagnóstico correto e a definição do tratamento adequado.

* Erika Cristine Treptow, é médica pneumologista, com área de atuação em medicina do sono

(Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)

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