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Surto de febre amarela já é o mais mortal desde 1980. E agora?

O número de casos e óbitos superou o do surto anterior – o que devemos fazer para evitar o avanço da febre amarela?

Por Theo Ruprecht
Atualizado em 10 jan 2019, 18h50 - Publicado em 2 mar 2018, 16h54
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  • Apesar de as pessoas estarem perdendo o interesse pela vacina, a febre amarela continua avançando. O novo boletim do Ministério da Saúde aponta, pela primeira vez, um maior número de casos e mortes entre a temporada 2017/2018 do que na 2016/2017.

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    De 1º de julho de 2017 a 28 de fevereiro de 2018, foram confirmados 723 casos da doença e 237 óbitos no Brasil. No mesmo espaço de tempo do período anterior, foram 576 episódios da infecção, com 184 falecimentos.

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    Os estados mais afetados seguem sendo Minas Gerais (314 casos e 103 mortes), São Paulo (307 casos e 95 mortes) e Rio de Janeiro (96 casos e 38 mortes). O Espírito Santo também acusou cinco episódios de febre amarela, enquanto o Distrito Federal confirmou um. Há ainda 785 casos suspeitos sendo avaliados do sul ao norte do país.

    Para ter ideia, antes da onda de febre amarela dos últimos tempos, o ano 2000 era o com maior número de casos desde 1980, quando o governo começou a notificar os casos. Na época, foram 40 mortes – bem menos do que os 237 atuais.

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    O que o Ministério diz

    Apesar desses números, o governo afirma que a incidência de febre amarela do atual surto é menor. Como assim?

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    Vamos explicar o argumento passo a passo: o vírus transmissor da doença atualmente está circulando por áreas metropolitanas do país que envolvem uma maior concentração de pessoas. A cidade de São Paulo, por exemplo, até pouco tempo atrás não registrava habitantes com a enfermidade.

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    Em resumo, o contingente de brasileiros que vivem em áreas suscetíveis à febre amarela é, hoje, de 32,3 milhões de pessoas, de acordo com o ministério. Fazendo as contas, isso dá 2,2 casos para cada 100 mil habitantes dessas áreas de risco.

    Já na sazonalidade passada, a febre amarela se restringia a locais com muitas matas – que punham em risco 8 milhões de indivíduos. Isso dá 7,1 casos para cada 100 mil moradores.

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    Dito de outro jeito, o Ministério da Saúde alega que o surto do momento não é mais intenso dentro das áreas acometidas pela febre amarela. Mas, cá entre nós, ele é ao menos mais amplo – o que justificaria uma campanha de vacinação em todo o país, que já está sendo estudada.

    O que eu devo fazer

    Antes de tudo, se você está em uma região que faz parte das campanhas de vacinação com dose fracionada e não está imunizado, é fundamental que tome a injeção contra a febre amarela. São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia estão com campanhas em andamento.

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    Até agora, a adesão está baixa – um fato no mínimo curioso, uma vez que, no início do ano, as filas para conseguir as doses eram enormes. Além disso,

    Se você mora ou vai visitar regiões com recomendação da vacina, precisa se vacinar. Tenha certeza: nesses casos, o risco da reação adversa é muito, mas muito menor do que o de sofre pra valer com a doença em si.

    Um recado final: pense nas vacinas em geral como medidas preventivas. Elas até funcionam em casos de emergência, mas o seu verdadeiro potencial é evitar que os primeiros casos de quaisquer infecções surjam ou se alastrem. E, para isso, você precisa se antecipar e respeitar as recomendações de vacinação sempre.

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