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Vacina da febre amarela em gestantes: quando tomar

Não há uma contraindicação absoluta da vacinação para mulheres grávidas, mas é necessário tomar cuidados adicionais antes de optar por ela

Por Theo Ruprecht
Atualizado em 10 jan 2019, 18h52 - Publicado em 17 jan 2018, 11h20

A corrida pela vacina de febre amarela nos postos de saúde e clínicas particulares atropelou discussões importantes sobre grupos que merecem atenção especial antes de recorrer à imunização. E as gestantes estão entre eles.

Ao contrário, por exemplo, de pessoas alérgicas ao ovo – que não devem tomar a injeção e ponto final –, as grávidas podem, sim, beneficiar-se, principalmente durante os surtos. O importante é pesar as vantagens e as desvantagens.

“As gestantes, assim como os idosos, possuem um risco ligeiramente maior de apresentar efeitos colaterais graves da vacina”, explica a infectologista Rosana Richtmann, do Centro de Imunização do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo.

Ora, o imunizante contra a febre amarela é feito a partir de vírus vivos, que foram atenuados. Como estão bem fraquinhos, eles dificilmente conseguem vencer o sistema imune da pessoa, que então produz anticorpos capazes de debelar mesmo o vírus normal da doença.

A questão é: em situações muito raras, até o inimigo atenuado dribla nossas defesas naturais e causa estragos típicos da enfermidade. E, infelizmente, isso parece ser um pouco mais comum nas gestantes.

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“Por outro lado, um estudo com mais de 1 300 voluntárias que tomaram a vacina da febre amarela antes de saber que estavam grávidas não reportou nenhum caso de problema grave”, pondera Rosana. “E melhor: as mulheres criaram anticorpos contra a doença”, conclui.

Vale ressaltar ainda que, durante os nove meses, a infecção pode provocar danos adicionais. Há, por exemplo, uma maior possibilidade de aborto, assim como um pequeno risco de passar a enfermidade para o bebê na fase final da gestação ou nos primeiros dias de vida.

Quem pode e quem não pode tomar a vacina?

A resposta dessa pergunta sempre pede a opinião de um profissional especializado. Afinal, são muitas questões envolvidas.

Entre as mulheres que ainda não tomaram vacina e moram ou precisam circular em regiões endêmicas ou com surtos atuais, a orientação atual – salvo outra orientação do médico – é buscar a vacinação. Nesse caso, cabe ressaltar, não é para tomar a dose fracionada, e sim a convencional. Além disso, lembre-se de que a imunização demora pelo menos dez dias para resguardar o corpo.

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Há, no entanto, situações mais complexas. Exemplo: todo o estado de São Paulo foi considerado pela Organização Mundial de Saúde como área de risco. Entretanto, não há qualquer registro de febre amarela no centro da capital. Assim sendo, deveria ou não uma gestante dos bairros centrais se imunizar? A resposta: converse com seu médico.

Já para viagens, é importante estar protegida contra a doença antes de entrar em regiões com risco de infecção pela doença. Aliás, vários países exigem a apresentação de um certificado antes de liberar o acesso de brasileiros.

A médica Rosana Richtmann, no entanto, dá um conselho: “Se for uma viagem evitável, eu mudaria de roteiro. Mas não precisa ter medo da vacina. Bem indicada, ela certamente vai beneficiar as grávidas”, conclui.

Outros cuidados

O único jeito de uma gestante pegar febre amarela é ser picada por um mosquito infectado. Ou seja, repelentes, roupas de manga comprida, mosquiteiros e outros métodos de barreira são ótimas estratégias para a futura mamãe se precaver, especialmente em regiões perto da mata.

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Até porque a febre amarela é apenas uma das doenças que dá as caras com as picadas, não é mesmo?

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