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Remédios ou chás: entenda o papel dos diuréticos

Ao intensificar o fluxo urinário, as substâncias desta categoria favorecem a eliminação de sais minerais e podem ser aliadas no combate à hipertensão

Por Luana Pazutti
17 out 2024, 15h00
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Benéficos para tratar hipertensão, diuréticos não devem ser utilizados para fins de emagrecimento e tem contraindicações (Freepik/Freepik)
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Utilizados no tratamento da hipertensão, os diuréticos aumentam a quantidade de urina produzida pelo organismo. Eles atuam diretamente nos rins e auxiliam na eliminação de sódio.

Embora sejam aliados no combate de diversas doenças atreladas à retenção de líquidos, esses medicamentos exigem cuidados especiais. Se não forem administrados corretamente, os diuréticos podem trazer riscos à saúde.

Além dos medicamentos, existem também chás e alimentos com potencial ação diurética.

O que são remédios diuréticos?

Responsáveis por intensificar o fluxo urinário, os diuréticos influenciam o processo de filtração nos rins e de absorção de água e sais minerais. 

Há três classes de medicamentos diuréticos:

  • Diuréticos de alça: afetam uma parte dos rins, chamada Alça de Henle, para impedir a reabsorção de água;
  • Diuréticos tiazídicos: evitam que o sódio seja absorvido pelos rins, aumentando a sua eliminação. São os mais utilizados no tratamento da hipertensão arterial;
  • Diuréticos poupadores de potássio: ajudam na eliminação de sais e água sem provocar perda significativa de potássio.
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Alguns diuréticos combinam ativos de mais de uma dessas classes. Medicações hipertensivas também podem conter remédios adicionais junto dos diuréticos.

    Para que servem?

    Ao aumentar a quantidade de urina, os diuréticos favorecem a eliminação de sódio. Por isso, são comumente indicados para reduzir a retenção de líquidos. Além disso, são empregados no tratamento de diferentes doenças atreladas ao acúmulo de sais minerais.

    A principal delas é a hipertensão arterial. Há pelo menos 40 anos, os diuréticos lideram entre os medicamentos anti-hipertensivos. Insuficiência renal ou cardíaca, cardiomiopatia, edemas, síndrome nefrótica e cirrose hepática também podem ser tratadas com essas medicações. 

    Diuréticos emagrecem?

    Diuréticos não devem ser utilizadas para fins de emagrecimento, pois não colaboram para a redução de gordura corporal. Na verdade, apenas diminuem temporariamente o inchaço abdominal. Para emagrecer, em vez de buscar eliminar a água do organismo, a hidratação deve ser priorizada – junto de uma dieta adequada e uma rotina de exercícios físicos. 

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    +Leia também: Chá para emagrecer funciona? O que tem de verdade nessa história?

    Chás e alimentos diuréticos funcionam?

    Embora possam auxiliar em episódios pontuais de retenção de líquidos, os diuréticos naturais costumam produzir efeitos leves. Além disso, nem todos possuem eficácia comprovada. Por isso, ao contrário dos medicamentos especializados, eles não devem ser utilizados no tratamento de doenças

    Chá-verde, cavalinha, café, chá-preto, hibisco, salsa e dente-de-leão são alguns itens frequentemente associados a receitas diuréticas milagrosas.

    É essencial, contudo, buscar aconselhamento médico antes de inseri-los na rotina. Afinal, algumas ervas não só não produzem o efeito desejado como ainda são prejudiciais quando consumidas em excesso. 

    Atenção aos riscos

    Se forem utilizados de maneira inadequada, os diuréticos podem trazer riscos à saúde. O principal é a desidratação: a sensação de sede aparece acompanhada de fadiga, tontura, e secura na boca. A desidratação prolongada pode causar convulsões, problemas urinários e renais, e choque hipovolêmico.

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    Outras complicações do uso indevido de diuréticos decorrem da redução dos níveis de potássio, que costuma causar câimbras, arritmia, perda de apetite, náuseas e vômitos. 

    Alterações no metabolismo glucídico e nos níveis de ácido úrico e cálcio também são consequências comuns do uso desse tipo de medicação.

    Portanto, é preciso se atentar às contraindicações. Esses medicamentos não são recomendados para quem tem problemas renais ou níveis baixos de potássio e sódio. Mulheres grávidas e lactantes também possuem restrições. Sendo assim, consultar um médico é essencial antes de iniciar qualquer tratamento.

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