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Radar da Saúde: o planeta continua engordando – e cada vez mais cedo

Nova edição do Atlas Mundial da Obesidade comprova que a condição segue em ritmo ascendente, financiando outros problemas de saúde

Por Diogo Sponchiato
Atualizado em 26 abr 2024, 10h43 - Publicado em 23 abr 2024, 15h47
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A obesidade está se tornando mais comum no globo. (Ilustração: Eva Uviedo/Veja Saúde)
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Não há mais um único território do globo que não seja afetado pelo excesso de peso. Eis o diagnóstico da Federação Mundial de Obesidade em seu último levantamento, com base na análise de dados de 186 países.

A entidade conclui que o crescimento do problema é preocupante nas nações de baixa e média renda, atingindo cada vez mais crianças
e adolescentes — 88% dos jovens acima do peso viverão nesses países por volta de 2035, segundo os cálculos da associação. Ela também projeta que o número de adultos com obesidade no mundo deva chegar a 1,5 bilhão em uma década.

O Brasil não foge à regra: estima-se, por aqui, um aumento anual de 2% na taxa de indivíduos com índice de massa corporal (IMC) elevado. O Atlas revela, ainda, que, de 41 milhões de mortes anuais devido a doenças crônicas, ao menos 5 milhões estejam relacionadas diretamente ao excesso de peso.

+Leia também: Suco detox: mitos e verdades sobre perda de peso e outras promessas

Passado: 25 anos dos medicamentos genéricos no Brasil

Uma lei assinada em 1999 instituiu o mercado e a oferta desses remédios que são cópias das versões originais que perderam a patente. Os genéricos, que possuem o mesmo princípio ativo, dosagem e forma de administração das medicações pioneiras de marca, representaram uma guinada no acesso a tratamentos no país, contribuindo para a democratização da saúde.

Futuro: resíduos do óleo de soja para amenizar a menopausa

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(Ilustração: Eva Uviedo/Veja Saúde)

Dessa leguminosa quase tudo se aproveita. E cientistas da Unicamp estão testando se um extrato derivado da produção do óleo poderá render substâncias capazes de apaziguar sintomas do climatério, como ondas de calor e insônia.

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A ideia é avaliar o potencial dos compostos bioativos da soja que imitam o hormônio estrogênio no corpo da mulher.

Um lugar: a chaga da desnutrição na Faixa de Gaza

Um dos efeitos mais perniciosos da guerra entre Israel e o Hamas é a falta de comida que afige famílias palestinas. Crianças estão morrendo literalmente de fome.

Chocou o mundo a foto de um garoto com feições magérrimas que teria sido vítima da desnutrição. A ONU já emitiu alertas sobre a situação e pacotes de alimentos passaram a ser enviados de paraquedas a Gaza.

Um dado: ao menos 9 mil passos por dia para o coração não pifar

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(Ilustração: Eva Uviedo/Veja Saúde)
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Pesquisadores australianos constataram, após checar informações de 72 174 pessoas (com uma média de idade de 61 anos), que sedentários que passam a dar entre 9 mil e 10 mil passos diários reduzem o risco de padecer (e morrer) de doenças cardiovasculares.

O achado veio à tona após os estudiosos se debruçarem sobre dados coletados dos pacientes por dispositivos portáteis.

Uma frase

 

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“Na única vez que fiz análise, a psicanalista me disse que pensar na morte o tempo todo é psiquicamente impossível e que deve haver momentos em que não sabemos que vamos morrer. Eu tinha dito a ela que a morte me assediava 24 horas por dia. (Ilustração: Eva Uviedo/Veja Saúde)

‘Mesmo quando você escreve?’ ‘Quando escrevo, ainda mais.’ Me pergunto por quê, além do fato de ser argentina, de ter nascido nos anos 1970, de estar longe, chorei tanto pela morte de Maradona. Acho que tem a ver com a escrita. Na verdade, com um tempo que se perdeu.”

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Ariana Harwicz, escritora argentina radicada na França, no livro O Ruído de uma Época (Instante)

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