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Pré-natal: quais são os exames que toda grávida deve fazer

A saúde da mãe e do bebê dependem de um bom acompanhamento antes do parto

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 15 mar 2023, 11h42 - Publicado em 28 Maio 2018, 17h56
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  • A gestação é um período que pede exames específicos, até porque um pré-natal bem assistido ajuda no desenvolvimento do bebê e preserva a saúde e segurança da mãe. E nada melhor do que abordar o tema hoje, 28 de maio, quando é celebrado o Dia Nacional de Luta pela Redução da Mortalidade Materna.

    Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2013 ocorreram 289 mil mortes maternas devido a complicações durante a gravidez e o parto – uma queda de 45% se comparado aos 523 mil óbitos em 1990. A entidade também afirma que o Brasil reduziu sua taxa de mortalidade materna em 43% entre 1990 e 2013. Apesar de ser um dos mais baixos da América Latina, o índice ainda é considerado alto.

    Para que esse número continue a cair, existem exames básicos que toda gestante deve fazer e que são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com o auxílio do médico Olímpio Barbosa, presidente da Comissão Nacional Especializada de Assistência Pré-natal da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), SAÚDE traz essa lista para você. Converse com seu médico sobre ela:

    Primeira consulta ou primeiro trimestre

    Segundo trimestre

    Terceiro trimestre

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    Há, claro, mais testes oferecidos pela rede privada. Porém, Barbosa informa que a Febrasgo não orienta aos obstetras pedirem exames complementares sem uma real necessidade, que deve ser discutida individualmente. Até porque 80% das gestações no nosso país não são de alto risco.

    “Existe no Brasil uma cultura do consumo. As pessoas acreditam que, se o médico pede muitos exames, é um profissional melhor, o que não é o caso”, afirma. Ele cita o exemplo do ultrassom tridimensional, que ofereceria as mesmas informações para o médico de um ultrassom normal. “Sua funcionalidade é maior para a mãe, que pode ver o rosto do bebê, do que para o médico em si”, completou.

    Já a obstetra e ginecologista Silvia Herrera, coordenadora de Medicina Fetal do SalomãoZoppi Diagnósticos, adota uma postura um pouco diferente: “Os exames preconizados pela Febrasgo e disponíveis no SUS são de fato o necessário para uma gravidez bem assistida. Porém, nós já temos tecnologias relacionadas ao diagnóstico de doenças genéticas que acrescentam eficácia e qualidade. Infelizmente, elas não estão disponíveis para todos, mas quem tiver condições deve fazer”, opina.

    Confira os principais exames complementares citados pela médica:

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    – Perfil bioquímico (Fração Livre BHCG e PAPP-A): “O exame morfológico diagnostica 90% dos casos de síndrome de Down, mas, com o perfil bioquímico, chegamos a 96%. Embora o SUS não o disponibilize, os convênios passaram a cobri-lo há dois anos. Na Europa, não se faz o exame morfológico sem marcador bioquímico”, afirma. Se recomendado, ele deveria ser realizado entre a décima e a 14ª semanas.

    – NIPT (DNA Fetal no Sangue Materno): “É o que temos de mais novo. É um exame de sangue que detecta 99,9% dos casos de síndrome de Down sem trazer risco para o feto”. Pode ser feito a partir da décima semana.

    – Doppler Colorido das Artérias Uterinas: “Ele é associado ao exame morfológico do primeiro trimestre para rastrear o risco de pré-eclâmpsia. É um exame bom para intervirmos antes de a pressão subir”. Deve ser feito entre a 18ª e a 24ª semanas.

    – Avaliação do Colo Uterino Via Transvaginal: “Se for curto, o colo uterino começa a abrir por dentro à medida que o bebê vai crescendo. Isso eleva o risco de um parto extremamente prematuro. A avaliação detecta essa situação e assim podemos prevenir que evolua. É um exame simples e barato, mas não muito solicitado pelos médicos”. Deve ser feita entre a 18ª e a 24ª semanas.

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