A remoção cirúrgica de um ou dos dois ovários é chamada de ooforectomia. O procedimento pode ser necessário para tratar patologias já existentes ou reduzir o risco de doenças para os quais existe forte predisposição.
Como os ovários são responsáveis pela produção de hormônios que controlam o ciclo menstrual e pela liberação dos óvulos, a ooforectomia pode causar infertilidade e menopausa. Uma avaliação extensa dos riscos e benefícios da cirurgia é fundamental para a garantia da qualidade de vida.
+Leia também: 5 motivos que justificam a retirada dos ovários de Angelina Jolie
O que é ooforectomia?
Em casos de câncer ovariano ou torção no ovário (conhecida como torção anexial), a remoção do órgão pode ser a melhor opção para tratar o problema de saúde. A endometriose também pode levar à ooforectomia.
Por vezes, a retirada dos ovários é indicada como um procedimento preventivo, buscando reduzir o risco de neoplasias em pessoas que possuem alto risco de câncer ovariano ou mamário. Tumores, abscessos ou cistos nos ovários também podem justificar a ooforectomia, a fim de evitar rompimentos e outras consequências de saúde.
A ooforectomia pode – ou não – ser acompanhada da retirada do útero (chamada de histerectomia). As trompas também podem ser retiradas em uma só cirurgia. Normalmente, a ooforectomia é feita por meio de laparoscopia.
Quais são os riscos da ooforectomia?
De maneira geral, a operação é segura, mas toda cirurgia possui alguns riscos. Neste caso, podem ocorrer:
- Sangramentos;
- Infecções;
- Ruptura de cistos ou abscessos durante a operação;
- Danos aos órgãos e estruturas próximos aos ovários, como o trato urinário e nervos;
- Síndrome do ovário remanescente: se algumas células ovarianas permanecerem no corpo após a cirurgia, sintomas relacionados à menstruação, como dor pélvica, podem se manifestar.
A ooforectomia causa infertilidade?
Quando ambos os ovários são removidos, na chamada ooforectomia bilateral, a paciente não consegue mais engravidar naturalmente. Além disso, o processo de menopausa cirúrgica é desencadeado, como não há mais produção de estrogênio e progesterona.
Nesses casos, a cirurgia é acompanhada dos sintomas clássicos da menopausa, como fogachos, diminuição da libido e risco de osteoporose. Outras condições, como doenças cardíacas, problemas de memória, depressão e ansiedade podem ser relacionadas à retirada total dos ovários.
Os riscos são maiores quando a ooforectomia é feita antes dos 45 anos. Para reduzir as complicações e sintomas, a reposição hormonal pode ser recomendada – mas o tratamento também possui efeitos colaterais. Por isso, é essencial pesar os riscos e consequências com o profissional da saúde adequado.
Se você tem interesse em engravidar, é importante fazer um planejamento prévio e discutir as melhores opções de tratamento com a equipe de médicos e profissionais da saúde. Procedimentos como o congelamento de óvulos e outras técnicas de reprodução assistida podem ser alternativas para quem precisa passar pela ooforectomia mas ainda quer ter filhos no futuro.