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Histerectomia: o que é a remoção do útero e como a cirurgia é feita

Esse procedimento, que pode ser total ou parcial, é usado contra câncer, mioma e outras doenças. Veja os benefícios e os efeitos colaterais

Por Sílvia Lisboa
11 abr 2024, 12h23

O útero não é só um dos mais importantes órgãos da mulher como exerce um simbolismo por sua função: é onde o óvulo fertilizado cresce até formar uma nova vida. Por causa disso, a sua retirada, a histerectomia, deve ser sempre avaliada de forma criteriosa, pois impacta a fertilidade feminina.

Por outro lado, nos casos de homens trans e pessoas não binárias, a retirada do útero também pode ser decisiva para a reafirmação de gênero.

No passado, a histerectomia era a única opção para alguns problemas ginecológicos benignos e era feita com um procedimento mais invasivo. Hoje pode ser realizada por meio da laparoscopia por via abdominal ou vaginal, reduzindo o tempo de internação e a acelerando a recuperação.

+Leia também: Transplantes de útero serão feitos no Brasil. Quando a técnica é usada?

Na laparoscopia, são feitas pequenas incisões e, com o auxílio de uma câmera que permite uma visualização interna em tempo real, o cirurgião faz a remoção do órgão ou de partes dele.

Para quem a histerectomia é indicada

Localizado entre a bexiga e o reto, o útero é composto também por tubas uterinas, ovários, vagina e vulva. Tem formato de pêra e pode variar de tamanho ao longo da vida.

A cirurgia para a sua retirada pode ser indicada para casos de:

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  • miomas: também conhecidos como fibroma ou leiomioma, são tumores sólidos benignos formados por tecido muscular e fibroso
  • menorragia: sangramento menstrual intenso ou prolongado, anômalos
  • dores pélvicas: que podem ser ocasionadas por diferentes fatores
  • prolapso dos órgãos pélvicos: abaulamento e/ou descida do útero
  • câncer ginecológico: que pode ser de útero, colo do útero, ovário ou endométrio
  • reafirmação de gênero para homens trans e pessoas não binárias

Quais os tipos de histerectomia

A cirurgia de retirada do útero se divide em total, subtotal e radical, dependendo da doença a ser tratada.

Na total ou completa, a mais frequente, todo o útero é retirado, incluindo o corpo e colo uterino. Na subtotal ou parcial, apenas o corpo uterino é retirado, deixando a região do colo. É indicada para reduzir os riscos da cirurgia e do pós-operatório em pacientes específicos.

Na radical, são removidos, além do útero, os ligamentos que envolvem o útero (os paramétrios) e a porção superior da vagina. É indicado para casos de câncer.

A retirada do útero pode ser associada à remoção de uma ou ambas as trompas e de um ou ambos os ovários, quando existe indicação.

Estudos mostram, porém, que a remoção de forma simultânea de trompas e ovários, de forma profilática, deve ser realizada apenas após os 60 anos.

Cuidados pós-operatórios

Como qualquer cirurgia, a histerectomia requer repouso e paciência. A recuperação total pode levar até 40 a 60 dias, quando ocorre a liberação para prática de exercícios físicos e relações sexuais. Em geral, a pessoa operada deve ficar em repouso absoluto por 15 dias.

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Quanto aos efeitos colaterais, o principal é a perda da fertilidade, que pode ou não ser um impacto relevante conforme o caso. Em pessoas que desejam ter filhos e recebem indicação de histerectomia, é importante discutir os caminhos para isso com o médico.

As pacientes também reclamam de perda de lubrificação vaginal após a cirurgia, mas que pode melhorar com o passar do tempo.

Outro efeito é a incontinência urinária, que deve ser combatida com fisioterapia pélvica.

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